No anterior postal optei pela ironia, atendendo a que o tema só pode ser levado a sério num país a brincar! Foi um erro, no fundo pensei que apesar de tudo estávamos mais crescidinhos. Não estamos e já temos duas demissões! Portanto fui ver se a minha opinião era um caso isolado, um tiro ao lado, mas também não é. Há mais gente a pensar como eu! Por exemplo, o director do jornal 'Sol' também acha esta polémica ridícula. Transcrevo com a devida vénia:
'A polémica sobre a existência de uma 'bolsa VIP' de contribuintes é insólita. Mas alguém defende que os funcionários andem a espiar os processos fiscais das pessoas (VIPs ou não)? Sendo assim, é natural que, em relação a pessoas com mais notoriedade, os mecanismos de defesa sejam reforçados. Ou não?'
E mais à frente, no mesmo jornal, o insuspeito Vicente Jorge Silva, segue a minha linha de pensamento, inclusivé no título - ´A política dos casos'. Diz, em resumo: - 'A politica dos casos ameaça tornar irrespirável a atmosfera da vida pública portuguesa'.
Concluindo, temos que mudar de vida e decidir o que queremos. Se queremos ter sigilo fiscal há que fazer alguma coisa por isso. Se queremos ter segredo de justiça, idem. Se não queremos enriquecimento ilícito, a mesma coisa. O que não podemos é ter tudo e o contrário de tudo consoante as conveniências eleitorais ou partidárias. Isso não é possível. Como não é possível passar a vida a invocar a 'bendita constituição de Abril', sob pena de ficarmos estacionados no tempo. Há quem goste!
Saudações monárquicas
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