A pergunta é para todos, e se ainda não tinhas nascido a 28 de Setembro de 1974, podes também tentar responder, imaginando qual seria a tua posição nessa ultima luta de trincheiras, que opôs a chamada “reacção”, às hordas triunfantes comandadas pelos comunistas de Cunhal.
- "A “reacção” não passará", gritaram na altura, todos os imbecis, todos os traidores, todos os apologistas da descolonização exemplar, adesivos aos montes, repetindo cenas da nossa proverbial “coragem”, que uma conhecida expressão imortaliza – “trezentos na Rotunda, trinta mil na Avenida”!
Depois, veio o “Gonçalvismo”, com o seu cortejo de nacionalizações, saneamentos, ocupações de casas e terras, roubos vários e, para nossa vergonha, que a História se encarregará de lembrar – o abandono cobarde, os compromissos rasgados, as responsabilidades coloniais atiradas ao lixo!
Este triste episódio não se confunde, nem se justifica, com outras descolonizações europeias, porque nós estávamos lá há mais tempo e prometemos mais.
Veio então a “fonte luminosa”, onde, mais lúcidos e arrependidos, lá se juntaram os “imbecis” de ontem para travar o passo aos seus inimigos recentes. Foi a “coroação” de Soares!
O 25 de Novembro de 1975, já reduzidos ao rectângulo, pouco acrescentou – foi um ajuste de contas interno entre os MFA’s, que apenas teve o mérito de arrumar Cunhal e os seus pares, no inevitável depósito da história.
Mas voltemos atrás, à tal “reacção” que não passou, mas que se tivesse passado, ainda poderia ter evitado muitos dos subsequentes desastres, nomeadamente a “descolonização exemplar”!
Era gente jovem, idealista, uma minoria que acreditou que era possível encontrar um caminho diferente para Portugal. Gente que não queria mais ditaduras, que estava, fundamentalmente preocupada com as colónias, mas que não tinha nada nas colónias a não ser o sentimento que vem da herança, e que por tudo isso, tentou a todo o transe evitar a demissão de Spínola. Vieram para a rua e enfrentaram com coragem os lacaios de Moscovo e seus satélites.
Foram presos, alguns conspiraram em Espanha, diluíram-se no tempo. Hoje, não são ministros, não são Conselheiros de Estado, nem magnatas de sucesso.
Quem hoje continua a mandar, são os tais “imbecis” e “traidores” que no 28 de Setembro travaram o passo a Portugal!
- "A “reacção” não passará", gritaram na altura, todos os imbecis, todos os traidores, todos os apologistas da descolonização exemplar, adesivos aos montes, repetindo cenas da nossa proverbial “coragem”, que uma conhecida expressão imortaliza – “trezentos na Rotunda, trinta mil na Avenida”!
Depois, veio o “Gonçalvismo”, com o seu cortejo de nacionalizações, saneamentos, ocupações de casas e terras, roubos vários e, para nossa vergonha, que a História se encarregará de lembrar – o abandono cobarde, os compromissos rasgados, as responsabilidades coloniais atiradas ao lixo!
Este triste episódio não se confunde, nem se justifica, com outras descolonizações europeias, porque nós estávamos lá há mais tempo e prometemos mais.
Veio então a “fonte luminosa”, onde, mais lúcidos e arrependidos, lá se juntaram os “imbecis” de ontem para travar o passo aos seus inimigos recentes. Foi a “coroação” de Soares!
O 25 de Novembro de 1975, já reduzidos ao rectângulo, pouco acrescentou – foi um ajuste de contas interno entre os MFA’s, que apenas teve o mérito de arrumar Cunhal e os seus pares, no inevitável depósito da história.
Mas voltemos atrás, à tal “reacção” que não passou, mas que se tivesse passado, ainda poderia ter evitado muitos dos subsequentes desastres, nomeadamente a “descolonização exemplar”!
Era gente jovem, idealista, uma minoria que acreditou que era possível encontrar um caminho diferente para Portugal. Gente que não queria mais ditaduras, que estava, fundamentalmente preocupada com as colónias, mas que não tinha nada nas colónias a não ser o sentimento que vem da herança, e que por tudo isso, tentou a todo o transe evitar a demissão de Spínola. Vieram para a rua e enfrentaram com coragem os lacaios de Moscovo e seus satélites.
Foram presos, alguns conspiraram em Espanha, diluíram-se no tempo. Hoje, não são ministros, não são Conselheiros de Estado, nem magnatas de sucesso.
Quem hoje continua a mandar, são os tais “imbecis” e “traidores” que no 28 de Setembro travaram o passo a Portugal!
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