Passado um ano, é possível estabelecer uma leitura dos factos:
Na liberdade que vai da Senhora da Guia para a boca do Inferno, entre a luz e as trevas, a partir do mais raso dos cabos, distingo pela expressão representativa – o Padre que celebrou a Missa, o Duque de Bragança, o Régulo de Peciche, um brasileiro de Espírito Santo e a memória convergente de Henrique Ruas, entre muitos outros convivas.
Quinze de Setembro, dia de todas as dores. Plena consonância entre as palavras, os sons e os actos.
Na singularidade deste encontro, sucedeu estarmos todos de frente para uma realidade mais forte – a representação não se esgotava na soma das partes.
No fim, foi distribuído um pequeno livro que deu sentido à festa.
O cronista diria:
Desde o Rei D. Miguel que não se reuniam as Côrtes!
Imagino a possibilidade de convocar e reunir, sob a égide do Príncipe Português, as representações necessárias e suficientes da diversidade Lusíada, com o sentido de reconstruir o mosaico de serviço universal que já fomos e continuamos a ter capacidade para ser.
O mundo português desarticulado, órfão, que não se sente representado nas instituições republicanas, sem o rei, ainda assim vem ao encontro da esperança no antigo acolhimento, de um rumo certeiro para as suas vidas, hoje entaipadas em conceitos artificiais e enganadores. No fundo, nunca deixaram de acreditar. Sabem que os portugueses acabarão por dar a volta por cima e que isso será benéfico.
Essa grande comunidade de comunidades, anseia por muito mais que uma sigla inócua, sem qualquer conteúdo, porque não possui o indispensável “traço de união” que a todos irmana, que simboliza a verdade histórica, a vida em comum, a unidade do passado, presente e futuro.
As “Côrtes do Mar”, como passarei a designá-las doravante, seriam convocadas informalmente com o objectivo de preencher todo esse vazio da representação que sentimos, náufragos em terra, saudosos dos caminhos marítimos que nos uniam.
Assim instituídas, realizar-se-iam regularmente, seguindo a rota dos descobrimentos, abertas a todo o mundo lusíada que quisesse celebrar o reencontro de um destino comum. Uma única condição: – honrar os compromissos legitimamente assumidos no passado e os que se firmarem para o futuro.
Reconstruir uma utopia? Não.
Mas reconstruir as estruturas do poder misto, compromisso que sempre existiu entre o permanente e o efémero, base e referência para qualquer comunidade humana com futuro. Os alicerces, ainda visíveis, merecem esse esforço, a benefício da Independência dos povos envolvidos.
Os novos “trabalhos de Hércules” abrangeriam inicialmente todas aquelas áreas desprezadas pelos “poderes eleitos”, que não rendem votos ou proventos imediatos. Campo de acção não faltaria.
Tem a palavra o Príncipe.
Na liberdade que vai da Senhora da Guia para a boca do Inferno, entre a luz e as trevas, a partir do mais raso dos cabos, distingo pela expressão representativa – o Padre que celebrou a Missa, o Duque de Bragança, o Régulo de Peciche, um brasileiro de Espírito Santo e a memória convergente de Henrique Ruas, entre muitos outros convivas.
Quinze de Setembro, dia de todas as dores. Plena consonância entre as palavras, os sons e os actos.
Na singularidade deste encontro, sucedeu estarmos todos de frente para uma realidade mais forte – a representação não se esgotava na soma das partes.
No fim, foi distribuído um pequeno livro que deu sentido à festa.
O cronista diria:
Desde o Rei D. Miguel que não se reuniam as Côrtes!
Imagino a possibilidade de convocar e reunir, sob a égide do Príncipe Português, as representações necessárias e suficientes da diversidade Lusíada, com o sentido de reconstruir o mosaico de serviço universal que já fomos e continuamos a ter capacidade para ser.
O mundo português desarticulado, órfão, que não se sente representado nas instituições republicanas, sem o rei, ainda assim vem ao encontro da esperança no antigo acolhimento, de um rumo certeiro para as suas vidas, hoje entaipadas em conceitos artificiais e enganadores. No fundo, nunca deixaram de acreditar. Sabem que os portugueses acabarão por dar a volta por cima e que isso será benéfico.
Essa grande comunidade de comunidades, anseia por muito mais que uma sigla inócua, sem qualquer conteúdo, porque não possui o indispensável “traço de união” que a todos irmana, que simboliza a verdade histórica, a vida em comum, a unidade do passado, presente e futuro.
As “Côrtes do Mar”, como passarei a designá-las doravante, seriam convocadas informalmente com o objectivo de preencher todo esse vazio da representação que sentimos, náufragos em terra, saudosos dos caminhos marítimos que nos uniam.
Assim instituídas, realizar-se-iam regularmente, seguindo a rota dos descobrimentos, abertas a todo o mundo lusíada que quisesse celebrar o reencontro de um destino comum. Uma única condição: – honrar os compromissos legitimamente assumidos no passado e os que se firmarem para o futuro.
Reconstruir uma utopia? Não.
Mas reconstruir as estruturas do poder misto, compromisso que sempre existiu entre o permanente e o efémero, base e referência para qualquer comunidade humana com futuro. Os alicerces, ainda visíveis, merecem esse esforço, a benefício da Independência dos povos envolvidos.
Os novos “trabalhos de Hércules” abrangeriam inicialmente todas aquelas áreas desprezadas pelos “poderes eleitos”, que não rendem votos ou proventos imediatos. Campo de acção não faltaria.
Tem a palavra o Príncipe.
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