Não existe assunto, plano, decisão, actual ou futura, tenha ou não interesse nacional, que não esteja submersa num oceano de suspeições. Não fazemos confusão com a oposição, que neste país parece não existir, nem tão pouco com algum cepticismo atávico, provável consequência de imemoriais desilusões, referimo-nos à desconfiança pura e simples, que nos consome a todos, como a família a que falta qualquer coisa para ser família, transformados que estamos numa soma de indivíduos, sem garantia de comunidade, sem seguro de vida, a quem falta o fio condutor que tudo agrega e unifica. Em vão tentamos conjugar esta realidade fragmentária, ligamos aqui, colamos acolá, mas o sentido de pertença a que chamamos país ou pátria, precisa de um denominador comum, que não existe, e é neste deserto que cresce a descrença, é neste vazio que nasce a desconfiança, que divide, e que reduz a cacos as melhores intenções!
É também neste contexto que pode ser interpretado, por exemplo, o pseudo-debate sobre a localização do futuro aeroporto de Lisboa!
Trata-se, como é bem de ver, de uma obra de alcance nacional, com valor estratégico, gerador de riqueza, garante de independência, e por isso, a controvérsia seria sempre, não apenas salutar, mas indispensável sinal de mobilização nacional. Mas não, não é para discutir, é assunto fechado, a decisão parece ter sido tomada há muito, ao sabor de interesses desconhecidos... e lá estou eu a desconfiar!
É também neste contexto que pode ser interpretado, por exemplo, o pseudo-debate sobre a localização do futuro aeroporto de Lisboa!
Trata-se, como é bem de ver, de uma obra de alcance nacional, com valor estratégico, gerador de riqueza, garante de independência, e por isso, a controvérsia seria sempre, não apenas salutar, mas indispensável sinal de mobilização nacional. Mas não, não é para discutir, é assunto fechado, a decisão parece ter sido tomada há muito, ao sabor de interesses desconhecidos... e lá estou eu a desconfiar!
Sem comentários:
Enviar um comentário