O zumbido insuportável, o matraquear constante, nos jornais, na televisão, os palradores profissionais, os políticos habituais, em coro contra a crise, contra a recessão, contra o desemprego que sobe, contra o governo, contra a tróika que nos empresta o dinheiro para sustentar o estado de que eles (os que mais protestam) são afinal os grandes beneficiários! Sim, são na sua maioria funcionários públicos (ou semi-públicos), vivem de facto do orçamento do estado, não correm o risco do desemprego, não querem por isso quaisquer mudanças, seja na constituição, seja nas funções do estado. Para eles o estado assim, gordo, é que está bem! Mas não perdem a pose, e manifestam-se a favor dos desempregados que o sector privado se vê forçado a despedir! E vê-se forçado a despedir porque o estado (improdutivo) consome todos os recursos disponíveis. 'Eles comem tudo e não deixam nada...' cantava um baladista de Abril. Tinha razão... ao contrário. Portanto, amanhã, é o dia das lágrimas de crocodilo. Entre os manifestantes estarão muitos desempregados mas quem os enquadra não está verdadeiramente interessado em alterar a situação. O seu único fito é garantir o emprego (no estado) para si e para a sua tribo. O resto é sound bite.
Saudações monárquicas
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