O que a experiência política nos
diz é o seguinte: - a democracia parlamentar assente em partidos (por natureza ideológicos)
só funciona em monarquia. Daí que as discussões republicanas sobre democracia
acabem sempre ou no exemplo inglês ou nas frases de Churchill!
De facto sem uma arbitragem
dinástica, histórica, acima dos partidos e livre dos interesses corporativos,
não é possível estabelecer um mínimo divisor comum, uma trajectória firme, um
objectivo concreto e partilhado. Por isso, os países que sofrem o regime
republicano, caminham aos solavancos, com avanços e recuos, numa espécie de
guerra civil permanente. Veja-se, a título de exemplo, o que acontece com a celebração
das datas! Exaltadas por uns, condenadas por outros, são verdadeiras armas de
arremesso dentro da comunidade!
Mas se os partidos apenas dividem
e nunca unem, a existência de uma assembleia partidária como única
representante do interesse nacional comporta ainda outros riscos. Riscos e escândalos
que os jornais todos os dias noticiam! E isto tem a ver com duas realidades incontornáveis:
- a crise das ideologias e a crise das soberanias. Neste contexto os partidos não
oferecem políticas diferenciadas e só conseguem vender o seu produto, não pelo rótulo
ideológico, mas pelos interesses corporativos (e ocultos) que no fundo representam!
Esta é a nossa realidade democrática.
Falta pois uma câmara corporativa,
‘uma casa dos vinte e quatro’, onde os vários interesses (e lobbies) estejam
representados, às claras, servidos por gente competente e interessada. Para que
enfim seja possível definir e harmonizar uma política comum.
O problema é o que fazer com a
assembleia da república?! Eu tenho uma ideia: - como aquilo é só esquerda e
direita, bastavam meia dúzia de um lado e meia dúzia do outro que saía mais
barato. Nos intervalos podiam treinar ‘ordem unida’ nos passos perdidos. Seria uma
experiência interessante, com menos deputados a produção legislativa baixava, e
estou convencido que o país avançava.
Saudações monárquicas
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