A estação do Rossio é cruzada diáriamente
por milhares de pessoas mas pouca gente reparava numa pequena estátua de Dom Sebastião, abrigada num nicho, entre as duas portas da entrada. Usei o pretérito
porque ontem o Desejado teve outro desastre. É certo que não desapareceu em combate mas
ficou muito mal tratado! O que é que aconteceu?! Um ‘jovem’, presumo que seja negro
porque é assim que a comunicação social os trata, quis tirar uma selfie com o
rei, e não foi de modas! Empoleirou-se no nicho e caíram ambos na calçada. Dom Sebastião
partiu a cabeça, e está irrecuperável. O ‘jovem’ está bem.
A estátua não é muito antiga, tem pouco mais de cem anos, época em que a estatuária regressou em força ao espaço público, acompanhando aliás o movimento neoclássico. Digo isto porque os reis, sendo crentes, não mandavam
erigir estátuas a si próprios. Monumentos aos Santos e à Virgem, sim. A estátua
equestre de Dom José só aparece no século dezoito, por iniciativa do Marquez de Pombal para assinalar a reconstrução
de Lisboa. Tudo o que vem a seguir é obra do positivismo e da república. Descrença
na eternidade?! Talvez.
Saudações monárquicas
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