Estão identificados no mapa, todos
os vigaristas os conhecem, são uma espécie de países, onde a liberdade é uma
palavra usada e gasta, são normalmente repúblicas, dominadas com toda a
normalidade por poderosas maçonarias, produzem imensa legislação, a maior parte desnecessária e confusa, e há sempre uma escapatória, uma nulidade, um meio de prova que
não é permitido, uma escuta que tem que ser destruída, uma prescrição a calhar!
Estes paraísos têm sobretudo pouquíssima vontade de alterar no essencial seja o que for,
quer a moldura legal, quer os meios de prova, no sentido de tornar mais eficaz
o combate à corrupção. Pelo contrário, a cada sinal de alarme, a lei substantiva
torna-se mais feroz mas a prova torna-se mais difícil! Um paradoxo que os
vigaristas agradecem.
Não faço tenção de viajar para
nenhum destes paraísos e bem vistas as coisas talvez nem precise! Porque a ser
verdade que as instituições que regem o futebol nacional em lugar de estarem na
linha frente a lutar pela verdade desportiva, parece que se limitam a reenviar
para ‘as autoridades competentes’ as denúncias que lhes chegam! Está tudo dito! Então
perante indícios tão fortes de que a casa está toda a arder apenas interessa
reportar que alguém viu um bocadinho de fumo a sair de um dos quartos?! Ou andamos todos distraídos?! Se isto é assim na segunda Liga e
apenas nalguns jogos que por acaso foram apanhados numa escuta, quem nos
garante que não está tudo contaminado?! Uma coisa é certa temos um ex-primeiro
ministro arguido de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal, temos
todos os dias casos de corrupção nos noticiários, temos bancos a arruinarem-se
num mar de lama, e no futebol temos apenas uns joguinhos combinados na segunda
Liga?! Não brinquem connosco.
Saudações desportivas
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