sábado, dezembro 03, 2016

Portugal – que democracia é esta?!

Se o conceito de democracia perdeu hoje qualquer sentido a culpa não é minha é dos democratas. Foram eles que criaram a ilusão de que por essa via o 'povo' (outra expressão enigmática) estaria sempre bem representado! Os factos e a história revelam precisamente o contrário! E nem precisamos de ir muito longe, fiquemos por aqui, em Portugal, e vejamos como funciona (na prática) a nossa democracia!

Temos um primeiro – ministro que perdeu as eleições; temos um governo que os portugueses não escolheram nem escolheriam se lhes tivesse sido proposto durante a campanha eleitoral; temos um partido na assembleia da república, “os Verdes”, que nunca foi a votos! Isto quer dizer que em mais de trinta anos de existência ninguém sabe, nem o próprio partido saberá, qual o seu real peso eleitoral! E temos, para compor o ramalhete, um presidente da Câmara Municipal de Lisboa (natural do Porto!) que também não foi eleito!
Dir-se-à que tudo isto é legal e eu acredito. O que não acredito é que o tal ‘povo' esteja a ser bem representado.

Ainda assim estamos a falar de trocos quando comparados com o flagelo democrático que dá pelo nome de abstenção! Cuja fasquia não cessa de subir! E a pergunta impõe-se: - quem representa afinal os interesses deste ‘povo’?! A justificação mais fácil e que é comum apresentar diz-nos que a elevada abstenção é um fenómeno normal nas democracias avançadas! Justificação ridícula porque dizer isto ou não dizer nada é precisamente a mesma coisa. Outros, decerto menos democráticos, tendem a culpabilizar os faltosos e passam à frente! No entanto o problema da representação democrática mantém-se e fica por resolver! 

Até que em desespero de causa há sempre uma 'alminha democrática' que se lembra de citar Winston Churchill! Um erro que convém corrigir. O antigo primeiro-ministro inglês não pode ser convocado nesta matéria. Ele falava de outra democracia! Falava no contexto de uma monarquia assente na tradição o que faz toda a diferença. Neste contexto, de facto, não há problemas de representação. E até a democracia funciona.



Saudações monárquicas

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