Lido nos jornais* – “A
Caixa Geral de Depósitos continua a recusar enviar ao Parlamento a lista com os
maiores devedores, apesar de o Tribunal da Relação de Lisboa ter decidido que o
banco público estaria obrigado a entregar a informação à Comissão de
Inquérito”. E mais à frente também se pode ler a justificação para a
recusa - “A Caixa não pode disponibilizar informação relativa a clientes”!
O ponto de exclamação é meu.
Não conheço os pormenores deste
caso, mas suspeito, também não conheço os finalmente, mas adivinho, e por isso
estou convencido que este é, ou vai ser, o grande escândalo do regime,
superando todas as casas pias, faces ocultas e operações marquês! É o maior
desde logo porque os milhares de milhões de imparidades devem bater vários
recordes incluindo espíritos santos e companhia! Mas é sem dúvida o maior
porque a caixa tem sido a grande manjedoura desta terceira república! E só
assim se percebe o argumento da confidencialidade suíça! Como se a Caixa fosse
um qualquer banco privado, como se aos portugueses, através dos seus deputados,
estivesse vedado o conhecimento da verdade! E a verdade aqui é muito simples: -
ou foi má gestão anos a fio, o que é pouco provável atendendo às sumidades que
passaram pela administração da Caixa, ou então existiram negócios de favor,
naturalmente ilegais e ruinosos, e temos de saber o nome dos beneficiários. A
comissão de inquérito está aí para esclarecer tudo isto. E eu também quero
saber.
Saudações monárquicas
*CM de quarta-feira 25
de Janeiro 2017
Nota breve: Por momentos julgo estar num país civilizado, normal, e tenho esperanças lógicas, mas claramente desmedidas! Esqueço-me que em Portugal não há homens livres, ou se existem, andam desaparecidos. É por isso que a minha esperança nos deputados e na dita comissão de inquérito é simplesmente ridícula. Como se os dois partidos do centrão não tivessem sido os grandes beneficiários do regabofe em que a Caixa viveu nestes longos anos que já leva a república de Abril! E não é crível que tenham agora um remoque de consciência. Conclusão: - nunca saberemos nada.
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