sexta-feira, janeiro 06, 2017

Uma selfie com o polvo!

O nacional benfiquismo é uma das facetas do regime republicano. A unicidade é o seu ideal. Na sua versão mais apurada resume-se a um país, um partido e um clube! Um clube de estado. A sua cor é o encarnado e o seu símbolo uma ave de rapina napoleónica. No futebol, atendendo a que não é fácil jogar sem adversário, logo criaram um clube de raiz anglófila e recompuseram a bandeira verde rubra da carbonária. A terceira república quebrou sem querer aquela unidade. Fugindo ao saque e ao fecho das empresas, o capital e o trabalho rumaram a norte, e assim ressurgiu o liberalismo nortenho. A supremacia no futebol mudou-se para o Porto. Trinta anos depois com o país reduzido aos subsídios de Bruxelas, terá chegado a altura de refazer a antiga hegemonia lisboeta. Ou seja, refazer o nacional benfiquismo. A ideia, se a memória não me falha partiu de um ex-primeiro ministro actualmente a contas com a justiça. Disse ele, ainda era comentador televisivo, que Lisboa já merecia ter um campeão europeu de clubes! Veio então o apito dourado para eliminar a concorrência a norte, não se olharam  a gastos, faliram empresas públicas e bancos, preencheram-se os lugares chave para controlar perdas e danos. A comunicação social, domesticada, e o seu principal adversário, velho e caduco, ajudaram à festa. Uma sombra paira entretanto sobre as cabeças assustadas da nação! Chama-se Bruno e quer uma fatia do bolo que antes mal dava para dois quanto mais para três! Não admira que ninguém queira tirar uma selfie com ele!


Saudações monárquicas

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