Passado o luto nacional começam a surgir as perguntas
inevitáveis. A primeira das quais, e que tarda em ser formulada, é a seguinte:-
Quem é o rosto da protecção civil naquela região, naquele distrito, naqueles
concelhos, onde o fogo lavrou e lavra sem dó nem piedade?! Quem foi a voz de
comando no terreno, o personagem principal, aquele que nos países normais
costuma assumir e coordenar todas as operações?! Sinceramente e apesar das inúmeras
transmissões televisivas ainda não consegui fixar-lhe a cara ou o nome!
De facto vimos lá o comandante nacional dos Bombeiros, vimos
um secretário de estado a tentar desempenhar um papel que não era o dele, vimos
depois o primeiro-ministro, a seguir o presidente da república, e a partir de
agora vamos ver as mesas redondas com os vários especialistas a falarem sobre o
que aconteceu e não devia ter acontecido. Um filme gasto.
Na resenha dos políticos omiti os presidentes das Câmaras
envolvidas no incêndio de Pedrogão mas na verdade devem ser eles, por inerência
do cargo, os responsáveis pela protecção civil nos respectivos concelhos. Devem
ser, mas não tenho a certeza. E se forem já se percebeu que há qualquer coisa de errado nesta organização, muito mais teórica do que prática. É evidente que nesta incerteza de tarefas e protagonistas o natural é que os políticos apareçam e tomem conta do discurso. Mas sem resultados práticos em termos de incêndio. Em minha opinião só atrapalham.
2 comentários:
Publiquei no fb.
Saudações
DSM
Fizeste bem abraço
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