Vou iniciar hoje um romance, uma história, um conto do
vigário, como que lhe queiram chamar, onde se relatam as aventuras de um falsário,
falso engenheiro e falso filósofo, que vindo do nada, conseguiu meter um país
no bolso! O país estava obviamente organizado em república, única fórmula política
que, não só permite, como encoraja a chegada ao poder deste tipo de
aventureiros. A condição é que mate a fome e a sede àqueles que o ajudaram a
trepar tão alto. A esses e a mais alguns adesivos, que no seu conjunto a ciência
política designa por ‘nomenclatura’.
Uma vez no poder, o nosso herói faz aquilo que vem nos
livros. Silencia todo e qualquer ruído incómodo à sua pessoa e ao seu
esplendoroso magistério. Isto faz-se rápidamente através da polícia se a república
já chegou á fase da ditadura. Se ainda está na fase democrática usa-se a demagogia,
a fragilidade humana, que inclui banqueiros e comunicação social. Dito e feito.
Depois de muito uso e abuso podem ocorrer reacções adversas dos
mercados, falências de empresas importantes, de bancos do regime, ou a falência
do próprio país. O nosso herói pode inclusivamente ser acusado pela justiça,
mas a república reage e diz que não é nada com ela! Habituada a estes
contratempos ensaia a fuga em frente e coloca um ‘maduro’ qualquer no seu lugar.
No caso em apreço está lá toda a gente menos o ‘filósofo’!
Está feito o enquadramento do romance e a narrativa segue
dentro de momentos. O primeiro episódio versa sobre o tema da moda e terá o
seguinte título: – ‘O engenheiro e o polvo encarnado’!
Saudações monárquicas
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