Verbo frequente nesta terceira república, sofreu agora um
pequeno revés ou acrescento desde que a Procuradoria-Geral da república está
entregue a Joana Marques Vidal. Procuradora que a nomenclatura pretende ver
pelas costas no fim do respectivo mandato. E percebe-se porquê. Habituados à impunidade,
à queima das escutas e a outros artifícios processuais os arguidos
confrontam-se agora com outra atitude por parte da Procuradoria que,
imagine-se, quer levar os processos até ao fim!
É dentro desta linha de actuação que chega até nós a ‘Rota
do Atlântico’, nome de código de uma investigação que apanhou nas suas redes, peixe
graúdo. Estamos a falar de juízes desembargadores, da Relação, e do incontornável
presidente do Benfica! Aliás a maior parte dos arguidos tem ou teve fortes
ligações ao Benfica. Um clube, pelos vistos, demasiado grande para o pequeno
país que somos pois não existe investigação que não termine em buscas ao
estádio da Luz! Isto dá que pensar! Mas faz um certo sentido e se conjugarmos
este processo com o dos emails verificamos que a paixão é a mesma: - tudo o que seja árbitro,
desde o juiz do Supremo ao fiscal de linha, o Benfica está na jogada!
Outra conclusão, esta mais séria, que o governo deveria tirar, seria proibir os clubes de futebol profissional, de se espraiarem por
outras actividades que nada têm a ver com a indústria do futebol. Fundações,
colégios, creches, universidades, rendas disto e daquilo, tudo isso só serve
para mais tarde dar trabalho à polícia e aos tribunais. Em Inglaterra não me
consta que o Arsenal ou o Manchester United tenham fundações ou pensem abrir
universidades. Pelo contrário, concentram-se na indústria do futebol, que é
pujante e todos os clubes ganham com isso.
Saudações monárquicas
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