De Portugal, tal como está, não vale a pena escrever nada.
Para cumprir o triste destino que o futuro nos reserva, não é preciso fazer nada. Ele
acontecerá naturalmente e será independente da nossa vontade. Recordemos apenas que
faltam três ou quatro anos para completarmos mais um ciclo de quarenta e oito
anos de decadência! Na altura falou-se em obscurantismo! O certo é que as repúblicas não costumam
durar tanto. Aliás os sinais do fim são tão evidentes que qualquer pessoa os
vislumbra. São escândalos atrás de escândalos, operações judiciais atrás umas
das outras, e deste caos ninguém acredita que saia alguma coisa de positivo. As
repúblicas não se regeneram por si e esta terceira república não será excepção.
E já nem falo das cisões partidárias que se perfilam no horizonte e antecipam
normalmente o fim dos regimes. Para os que gostam de imagens fortes eu diria que vivemos ligados à maquina do BCE. Uma vida aparente.
É melhor então falar dos vizinhos:
Pois se eu fosse treinador da Catalunha (não confundir com
treinador do Barça) convocaria os republicanos catalães e indicava-lhes o
caminho do banco. Assim, não podem calçar as chuteiras! Não podem jogar! São
prejudiciais à causa da independência! As eleições dividem e prejudicam a equipa da Catalunha. E explicava-lhes (com um desenho) que enquanto
proclamarem a república, mais não fazem que garantir que a Catalunha nunca será
independente!
Convocaria de seguida todos os catalães e pedia-lhes que
arranjassem um príncipe! Única forma de unir aqueles que querem falar
castelhano àqueles que querem falar aquela outra língua esquisita. Eu sei que
não é fácil arranjar um príncipe catalão quando ele não existe. Há que inventá-lo.
Uma princesa proscrita também serve.
Saudações monárquicas
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