Ele há coincidências que não enganam
e como tal reclamam a devida publicidade. Não sei se já repararam mas desde que
o assessor jurídico do Benfica foi detido, os canais de televisão foram
imediatamente invadidos pela mesma fauna que nos habituámos a ver quando o
antigo primeiro-ministro José Sócrates foi também ele detido! Sintoma de que a
situação é gravíssima. Gravíssima para os interesses do regime e de um dos seus
principais fundamentos – a batota, em todas as suas dimensões, e o espirito de
seita. É por isso que eu me rio quando oiço desvalorizar as contrapartidas (bilhetes
e camisolas) que sustentam o presumível crime de corrupção. De facto, e tal
como nos bilhetes do Centeno, o que pode estar aqui em causa é um crime diferente
e mais grave do que a corrupção. Não exige contrapartidas, é concebido e executado
por fanatismo, amor à causa, ou à camisola, e os seus autores não medem
consequências. Ou porque não têm escrúpulos ou porque pensam ter as costas
quentes.
Ora bem, este perfil assemelha-se
mais a associação de malfeitores e costuma estar na base dos movimentos
terroristas. Se a isto juntarmos a impunidade das claques e a fragilidade dos
governos temos o caldo de cultura que o procurador de Aveiro antecipou no processo
face oculta. Estamos indefesos perante atentados ao estado de direito. Ninguém
o diz, mas todos sabem que isto foi longe demais. E agora… Marcelo?!
Saudações monárquicas
Sem comentários:
Enviar um comentário