quinta-feira, março 08, 2018

O estado da nação

Ele há coincidências que não enganam e como tal reclamam a devida publicidade. Não sei se já repararam mas desde que o assessor jurídico do Benfica foi detido, os canais de televisão foram imediatamente invadidos pela mesma fauna que nos habituámos a ver quando o antigo primeiro-ministro José Sócrates foi também ele detido! Sintoma de que a situação é gravíssima. Gravíssima para os interesses do regime e de um dos seus principais fundamentos – a batota, em todas as suas dimensões, e o espirito de seita. É por isso que eu me rio quando oiço desvalorizar as contrapartidas (bilhetes e camisolas) que sustentam o presumível crime de corrupção. De facto, e tal como nos bilhetes do Centeno, o que pode estar aqui em causa é um crime diferente e mais grave do que a corrupção. Não exige contrapartidas, é concebido e executado por fanatismo, amor à causa, ou à camisola, e os seus autores não medem consequências. Ou porque não têm escrúpulos ou porque pensam ter as costas quentes.

Ora bem, este perfil assemelha-se mais a associação de malfeitores e costuma estar na base dos movimentos terroristas. Se a isto juntarmos a impunidade das claques e a fragilidade dos governos temos o caldo de cultura que o procurador de Aveiro antecipou no processo face oculta. Estamos indefesos perante atentados ao estado de direito. Ninguém o diz, mas todos sabem que isto foi longe demais. E agora… Marcelo?!


Saudações monárquicas

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