Terminou o arraial... ao longe, ainda se ouvem os ecos da festa – são os dirigentes do bloco central a repetir o habitual refrão: estas eleições “não contam para o totobola”, porque os partidos, dizem eles, apenas participam nesta quermesse, em nome dos superiores interesses da República! Ninguém duvida.
Trata-se de orientar os autarcas na melhor maneira de distribuírem obras e benesses, entre empreiteiros e amigos. Mas deixemos isto, porque é matéria dada.
O que me interessa verdadeiramente é o que se está a passar em Ceuta e Melilla. Deixo Viena de Áustria para outra ocasião.
No flanco Sul a Europa fraqueja.
Se recuarmos ao século VIII, poderíamos imaginar que Gebal Tarique, quando atravessou o estreito, que tem o seu nome, teria sido precedido por muitas levas de emigrantes berberes, que assim prepararam a invasão e o triunfo! É a imaginação a falar?! Pois que seja.
Mas a realidade não é fácil de escamotear ou esconder.
Os resultados do apoio ao terrorismo por parte das forças bem pensantes e progressistas, na Europa e nos Estados Unidos, as descolonizações apressadas e “exemplares”, o surrealismo dessa miríade de “estados” (de sítio?) afro-asiáticos, sem qualquer sustentabilidade ou futuro, toda essa imensa estupidez e ganância, está à nossa vista, defronte das “muralhas” de Ceuta e Melilla.
Estão desesperados, com fome e com sede, e preferem morrer ali, a voltar para os paraísos terreais, imaginados e metodicamente construídos, por todos nós! Muitos dos galardoados com o Nobel da Paz, estão entre os possíveis carrascos.
E agora?
Deixar entrar toda a gente?! Deixá-los a morrer no deserto?!
Ou encontrar um meio-termo hipócrita: entram uns e morrem outros?!
Estas são as questões incómodas que gostaria de ver tratadas com seriedade e coragem pelos actuais políticos portugueses, muitos deles com especiais responsabilidades nesta matéria.
Em lugar disso, Sócrates entusiasma-se com os sucessos do futebol angolano, a face de ouro de uma moeda que esconde a miséria dos miúdos de Luanda, a comer nos caixotes de lixo, enquanto os pais tentam desesperadamente entrar na Europa, à procura de trabalho e pão.
O futebol, para enganar o estômago?
Não se iludam, enquanto não tivermos uma política que sem sofismas, resolva satisfatoriamente a herança colonial, Portugal não conseguirá sair deste atoleiro em que se vai revolvendo. Uma política que não pode continuar a pactuar com regimes absurdos, que apenas mostram aptidão para governar diamantes e petróleo.
Portugal e a Europa não podem receber os emigrantes de Ceuta e Melilla. Mas Portugal e a Europa podem e devem criar condições para que os naturais dessas antigas colónias, possam viver condignamente nas terras onde nasceram, quando se sabe, que muitas delas são ricas e férteis!
É aceitável que um angolano tenha que emigrar?
Trata-se de orientar os autarcas na melhor maneira de distribuírem obras e benesses, entre empreiteiros e amigos. Mas deixemos isto, porque é matéria dada.
O que me interessa verdadeiramente é o que se está a passar em Ceuta e Melilla. Deixo Viena de Áustria para outra ocasião.
No flanco Sul a Europa fraqueja.
Se recuarmos ao século VIII, poderíamos imaginar que Gebal Tarique, quando atravessou o estreito, que tem o seu nome, teria sido precedido por muitas levas de emigrantes berberes, que assim prepararam a invasão e o triunfo! É a imaginação a falar?! Pois que seja.
Mas a realidade não é fácil de escamotear ou esconder.
Os resultados do apoio ao terrorismo por parte das forças bem pensantes e progressistas, na Europa e nos Estados Unidos, as descolonizações apressadas e “exemplares”, o surrealismo dessa miríade de “estados” (de sítio?) afro-asiáticos, sem qualquer sustentabilidade ou futuro, toda essa imensa estupidez e ganância, está à nossa vista, defronte das “muralhas” de Ceuta e Melilla.
Estão desesperados, com fome e com sede, e preferem morrer ali, a voltar para os paraísos terreais, imaginados e metodicamente construídos, por todos nós! Muitos dos galardoados com o Nobel da Paz, estão entre os possíveis carrascos.
E agora?
Deixar entrar toda a gente?! Deixá-los a morrer no deserto?!
Ou encontrar um meio-termo hipócrita: entram uns e morrem outros?!
Estas são as questões incómodas que gostaria de ver tratadas com seriedade e coragem pelos actuais políticos portugueses, muitos deles com especiais responsabilidades nesta matéria.
Em lugar disso, Sócrates entusiasma-se com os sucessos do futebol angolano, a face de ouro de uma moeda que esconde a miséria dos miúdos de Luanda, a comer nos caixotes de lixo, enquanto os pais tentam desesperadamente entrar na Europa, à procura de trabalho e pão.
O futebol, para enganar o estômago?
Não se iludam, enquanto não tivermos uma política que sem sofismas, resolva satisfatoriamente a herança colonial, Portugal não conseguirá sair deste atoleiro em que se vai revolvendo. Uma política que não pode continuar a pactuar com regimes absurdos, que apenas mostram aptidão para governar diamantes e petróleo.
Portugal e a Europa não podem receber os emigrantes de Ceuta e Melilla. Mas Portugal e a Europa podem e devem criar condições para que os naturais dessas antigas colónias, possam viver condignamente nas terras onde nasceram, quando se sabe, que muitas delas são ricas e férteis!
É aceitável que um angolano tenha que emigrar?
Então para que serve a “independência”?
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