quarta-feira, outubro 19, 2005

Passos para Deus

“Há o homem grande e o homem pequeno, há o homem maduro e há a criança, mas a trama da humanidade, a trama do coração existe tanto no homem maduro como na criança.
Nós somos crianças, mas somos chamados por este caminho, onde nada é perdido, nada é omitido, nada é, sobretudo, renegado. Mas tudo é reencontrado, tudo é, finalmente encontrado. Da aparência da beleza vem a dor que a faz resgatar e, finalmente, amar, porque a palavra amar não tem qualquer possibilidade de ambiguidade: é afirmar com espanto, com o espanto de todo o próprio ser, o Outro, o Destino, e esta presença do Destino, este sinal, este corpo do destino que são o outro homem e o céu e a terra e tudo o que acontece. O meu bem, a minha dor e o meu mal tornam-se dignos de amor, tudo é novo.
“Tudo é novo”, diz São Paulo. Eis que passou o que é velho, já não existe, somos crianças, mas esta é a estrada pela qual somos chamados, frente a todas as coisas. Não há que omitir ou renegar nada, não há qualquer mutilação.
Há só uma ressurreição.”

Luigi GIUSSANI, “A descoberta de don Juan” in As minhas leituras.

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