Neste dia em que a tradição Cristã celebra a chegada dos Reis Magos junto do Presépio, não faz mal recordar um Príncipe Católico do nosso tempo, que durante a sua vida deu testemunho em defesa da vida.
A história é conhecida, mas pouco valorizada e percebe-se porquê:
- Em 1990, o Rei dos Belgas surpreendeu o Mundo ao abdicar por um dia, recusando-se assim a assinar a legalização do aborto no seu País!
Com esse gesto de natureza simbólica, aparentemente inútil, Balduíno expressava a vontade de não ceder à violência do sufrágio universal, erguido como dogma nas sociedades que se julgam livres, mas onde todos os dias se acumulam sinais de dependência.
O Rei não soube nem quis distinguir entre a sua consciência e a consciência da nação. A vida dos seus súbditos, os mais frágeis de todos, estava na sua mão, e por isso não assinou!
Outros o fizeram. Mas os belgas, que na véspera haviam votado contra si próprios, decretando a pena capital para os seus filhos, entenderam a renúncia do Rei como uma espécie de redenção política, que talvez os livrasse do juízo da história. E amaram-no também por isso.
Só que a história não costuma perdoar.
Os arautos da morte falharam a presa, mas a guerra ìa prosseguir.
De então para cá, como numa vertigem, temos vindo a assistir, impotentes, completamente amordaçados, à derrota das consciências, à contrafacção dos valores, ao triunfo do egoísmo e da violência.
A agenda da ‘besta’ aí está para o provar: a seguir ao aborto, temos o casamento dos homossexuais, a legalização da eutanásia, da pedofilia, da bestialidade...
E tudo dentro da maior legalidade, com a Constituição sempre presente! O sufrágio universal, há muito capturado às maiorias ocasionais e acéfalas, é o instrumento perverso de que se servem estes grupos minoritários para obterem os seus fins.
Esta gente não gosta de Balduínos ou de quem lhes ofereça resistência em nome de valores éticos ou religiosos. Mas é por aqui que passa a resistência possível.
Nos dias de hoje já não basta ter razão, é preciso tomar posição.
É nesta perspectiva que a renúncia do Rei dos Belgas ganha outra dimensão, adquire a sua verdadeira grandeza.
Balduíno abdicou por um dia, mas nem por um dia abdicou das suas convicções religiosas. A artimanha da separação da Igreja do Estado não o podia convencer. Ele sabia, como qualquer católico sabe pelo Evangelho, que a passagem de Cristo pela Terra se cumpriu entre a Anunciação e o Calvário.
A esta luz, o seu gesto é indestrutível.
A história é conhecida, mas pouco valorizada e percebe-se porquê:
- Em 1990, o Rei dos Belgas surpreendeu o Mundo ao abdicar por um dia, recusando-se assim a assinar a legalização do aborto no seu País!
Com esse gesto de natureza simbólica, aparentemente inútil, Balduíno expressava a vontade de não ceder à violência do sufrágio universal, erguido como dogma nas sociedades que se julgam livres, mas onde todos os dias se acumulam sinais de dependência.
O Rei não soube nem quis distinguir entre a sua consciência e a consciência da nação. A vida dos seus súbditos, os mais frágeis de todos, estava na sua mão, e por isso não assinou!
Outros o fizeram. Mas os belgas, que na véspera haviam votado contra si próprios, decretando a pena capital para os seus filhos, entenderam a renúncia do Rei como uma espécie de redenção política, que talvez os livrasse do juízo da história. E amaram-no também por isso.
Só que a história não costuma perdoar.
Os arautos da morte falharam a presa, mas a guerra ìa prosseguir.
De então para cá, como numa vertigem, temos vindo a assistir, impotentes, completamente amordaçados, à derrota das consciências, à contrafacção dos valores, ao triunfo do egoísmo e da violência.
A agenda da ‘besta’ aí está para o provar: a seguir ao aborto, temos o casamento dos homossexuais, a legalização da eutanásia, da pedofilia, da bestialidade...
E tudo dentro da maior legalidade, com a Constituição sempre presente! O sufrágio universal, há muito capturado às maiorias ocasionais e acéfalas, é o instrumento perverso de que se servem estes grupos minoritários para obterem os seus fins.
Esta gente não gosta de Balduínos ou de quem lhes ofereça resistência em nome de valores éticos ou religiosos. Mas é por aqui que passa a resistência possível.
Nos dias de hoje já não basta ter razão, é preciso tomar posição.
É nesta perspectiva que a renúncia do Rei dos Belgas ganha outra dimensão, adquire a sua verdadeira grandeza.
Balduíno abdicou por um dia, mas nem por um dia abdicou das suas convicções religiosas. A artimanha da separação da Igreja do Estado não o podia convencer. Ele sabia, como qualquer católico sabe pelo Evangelho, que a passagem de Cristo pela Terra se cumpriu entre a Anunciação e o Calvário.
A esta luz, o seu gesto é indestrutível.
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