Há qualquer coisa a mover-se na política portuguesa.
Ignorado pelos ‘media’, o recente Congresso da Causa Real encerrou com um frente a frente entre monárquicos e republicanos, que a avaliar pelos relatos de alguns dos intervenientes, decorreu sob o signo da elevação e da seriedade! Dois aspectos, que para já, destoam da crispação e mera propaganda em que sempre recaíram anteriores confrontos.
Não houve portanto vencedores nem vencidos entre os oponentes, três de cada lado, que ali foram esgrimir argumentos a favor da sua Dama. Pelos monárquicos estiveram Gonçalo Ribeiro Telles, Mendo Castro Henriques e Adelino Maltez, enquanto que as hostes republicanas eram representadas por João Soares, Nandim de Carvalho e Manuel Monteiro.
Deixando por agora de parte os aspectos mais concretos deste curioso e interessante debate, a que repito, não assisti, gostaria no entanto de chamar a Vossa atenção para alguns dos sinais que julgo pressentir, na minha qualidade de peregrino deste longo Interregno:
Em primeiro lugar uma constatação: o regime republicano começa a sentir que não tem capacidade nem condições para defender o interesse nacional, mais própriamente, a independência de Portugal. Há muito que percebeu que a União Europeia a que temos direito se chama União Ibérica, e já não consegue iludir a questão.
O episódio da Iberdrola, o desespero da Ota e do TGV, buscando no contexto meramente Europeu, um equilíbrio impossível com a Espanha, é sintoma dessa desorientação e incapacidade.
A situação não é nova. Temos vindo aqui a alertar que a história se repete, que a Independência de Portugal foi um tremendo acto de vontade e coragem, que exigiu e continua a exigir muitos sacrifícios. Os portugueses já vacilaram nessa vontade, já se arrependeram, mas como a memória dos povos sofre das mesmas limitações que a dos indivíduos, cá estamos nós outra vez confinados à palavra (ou será ideologia?) ‘Europa’ e à natural dependência de Madrid.
A monarquia poderá superar ou resolver esta questão?
No citado frente a frente, parece que todos concordaram, alguns por exclusão de partes, que o Rei e a Dinastia, têm melhores condições para defenderem a Independência Nacional.
No ar terá ficado apenas uma objecção e uma dúvida.
A objecção democrática de que qualquer português tem o direito a ser Chefe de Estado. A dúvida sobre o caminho ou o método para restaurar a Monarquia.
Quanto à objecção, vale a pena dizer o seguinte: foi precisamente por causa desta possibilidade teórica que permite que qualquer cidadão aceda à Presidência da República que a Monarquia sucedeu à República e se impôs históricamente. A prática revelou-se melhor que a teoria.
Quanto ao método restauracionista, existem muitas teses, mas por aqui venho defendendo a teoria, mas principalmente a prática da remissão da culpa: - quem fabricou este nó górdio que enreda o Pais há noventa e cinco anos, tem agora a obrigação e o dever patriótico de o desfazer. Caberá aos republicanos restaurar a monarquia. Como?
Colocando o seu peso político, quem o tiver, ao serviço da Pátria.
É simples, basta ter vontade.
Ignorado pelos ‘media’, o recente Congresso da Causa Real encerrou com um frente a frente entre monárquicos e republicanos, que a avaliar pelos relatos de alguns dos intervenientes, decorreu sob o signo da elevação e da seriedade! Dois aspectos, que para já, destoam da crispação e mera propaganda em que sempre recaíram anteriores confrontos.
Não houve portanto vencedores nem vencidos entre os oponentes, três de cada lado, que ali foram esgrimir argumentos a favor da sua Dama. Pelos monárquicos estiveram Gonçalo Ribeiro Telles, Mendo Castro Henriques e Adelino Maltez, enquanto que as hostes republicanas eram representadas por João Soares, Nandim de Carvalho e Manuel Monteiro.
Deixando por agora de parte os aspectos mais concretos deste curioso e interessante debate, a que repito, não assisti, gostaria no entanto de chamar a Vossa atenção para alguns dos sinais que julgo pressentir, na minha qualidade de peregrino deste longo Interregno:
Em primeiro lugar uma constatação: o regime republicano começa a sentir que não tem capacidade nem condições para defender o interesse nacional, mais própriamente, a independência de Portugal. Há muito que percebeu que a União Europeia a que temos direito se chama União Ibérica, e já não consegue iludir a questão.
O episódio da Iberdrola, o desespero da Ota e do TGV, buscando no contexto meramente Europeu, um equilíbrio impossível com a Espanha, é sintoma dessa desorientação e incapacidade.
A situação não é nova. Temos vindo aqui a alertar que a história se repete, que a Independência de Portugal foi um tremendo acto de vontade e coragem, que exigiu e continua a exigir muitos sacrifícios. Os portugueses já vacilaram nessa vontade, já se arrependeram, mas como a memória dos povos sofre das mesmas limitações que a dos indivíduos, cá estamos nós outra vez confinados à palavra (ou será ideologia?) ‘Europa’ e à natural dependência de Madrid.
A monarquia poderá superar ou resolver esta questão?
No citado frente a frente, parece que todos concordaram, alguns por exclusão de partes, que o Rei e a Dinastia, têm melhores condições para defenderem a Independência Nacional.
No ar terá ficado apenas uma objecção e uma dúvida.
A objecção democrática de que qualquer português tem o direito a ser Chefe de Estado. A dúvida sobre o caminho ou o método para restaurar a Monarquia.
Quanto à objecção, vale a pena dizer o seguinte: foi precisamente por causa desta possibilidade teórica que permite que qualquer cidadão aceda à Presidência da República que a Monarquia sucedeu à República e se impôs históricamente. A prática revelou-se melhor que a teoria.
Quanto ao método restauracionista, existem muitas teses, mas por aqui venho defendendo a teoria, mas principalmente a prática da remissão da culpa: - quem fabricou este nó górdio que enreda o Pais há noventa e cinco anos, tem agora a obrigação e o dever patriótico de o desfazer. Caberá aos republicanos restaurar a monarquia. Como?
Colocando o seu peso político, quem o tiver, ao serviço da Pátria.
É simples, basta ter vontade.
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