Já por mais de uma vez aqui o escrevi a letras garrafais, e repito convictamente:
Quando a história se referir a esta III Republica, iniciada em 25 de Abril de 1974, apenas registará de positivo, na coluna dos ganhos, a criação das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores!
Em termos de perdas, em lugar de grande destaque, a miserável descolonização, a que alguns traidores chamaram exemplar!
Vem isto a propósito do contínuo desgaste a que é submetido o Governo Regional da Madeira, e o seu Presidente, sistematicamente acusados de tudo e mais alguma coisa, nomeadamente de deficit democrático.
Nos Açores a situação só não é semelhante, porque tem havido alternância no Bloco Central, ou seja, entre as duas ‘famílias republicanas’ que desde sempre nos governam.
Criadas em contexto revolucionário, as Regiões Autónomas escaparam ao controle dos seus criadores, que hoje se pudessem recuariam, e daí o arrependimento e raiva, neste caso, de ambas as ‘famílias’!
Não há oposição em Portugal, e a oposição que há, é esta farsa que se repete de tantos em tantos anos, que não é alternância, muito menos alternativa, e corresponde apenas a ciclos de dominação, de uma ou outra das citadas facções.
Eu sei que há quem veja grandes diferenças entre o Estado Novo e a República de Abril! Para mim, para além de frequentarem as mesmas tascas, a democracia orgânica de Salazar, não é assim tão diferente desta democracia super corporativa em que vegetamos.
Era nisto que pensava enquanto lia um artigo de fundo no DN, da autoria do Professor António Costa Pinto, a perorar sob o título: ‘semidemocracias’!
O termo de comparação seria a República Portuguesa! A Madeira, o mau aluno e o mau exemplo! A plena democracia, aqui, na república restante! Mitigada, na ‘mexicana’ pérola do Atlântico! E os sintomas do costume – ‘no partido dominante, nem o dirigente do partido muda’!
Um duplo erro do articulista. A nossa República, globalmente considerada, também é semidemocrática, e estou a ser benevolente: os mesmos dois partidos no poder há trinta anos! A mesma Constituição antidemocrática, vagamente em vigor, com os mesmos dois partidos incapazes de a pôr de acordo com a realidade portuguesa! E aí, continuam de acordo!!!
A Madeira de Alberto João limita-se a responder em termos dialécticos à animosidade que vem do continente, carregada de sonhos de sujeição. Nada mais lógico.
Por isso, enquanto a ‘semidemocracia’ da III República vigorar, Alberto João Jardim vai continuar a ganhar eleições.
E ainda bem.
Quando a história se referir a esta III Republica, iniciada em 25 de Abril de 1974, apenas registará de positivo, na coluna dos ganhos, a criação das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores!
Em termos de perdas, em lugar de grande destaque, a miserável descolonização, a que alguns traidores chamaram exemplar!
Vem isto a propósito do contínuo desgaste a que é submetido o Governo Regional da Madeira, e o seu Presidente, sistematicamente acusados de tudo e mais alguma coisa, nomeadamente de deficit democrático.
Nos Açores a situação só não é semelhante, porque tem havido alternância no Bloco Central, ou seja, entre as duas ‘famílias republicanas’ que desde sempre nos governam.
Criadas em contexto revolucionário, as Regiões Autónomas escaparam ao controle dos seus criadores, que hoje se pudessem recuariam, e daí o arrependimento e raiva, neste caso, de ambas as ‘famílias’!
Não há oposição em Portugal, e a oposição que há, é esta farsa que se repete de tantos em tantos anos, que não é alternância, muito menos alternativa, e corresponde apenas a ciclos de dominação, de uma ou outra das citadas facções.
Eu sei que há quem veja grandes diferenças entre o Estado Novo e a República de Abril! Para mim, para além de frequentarem as mesmas tascas, a democracia orgânica de Salazar, não é assim tão diferente desta democracia super corporativa em que vegetamos.
Era nisto que pensava enquanto lia um artigo de fundo no DN, da autoria do Professor António Costa Pinto, a perorar sob o título: ‘semidemocracias’!
O termo de comparação seria a República Portuguesa! A Madeira, o mau aluno e o mau exemplo! A plena democracia, aqui, na república restante! Mitigada, na ‘mexicana’ pérola do Atlântico! E os sintomas do costume – ‘no partido dominante, nem o dirigente do partido muda’!
Um duplo erro do articulista. A nossa República, globalmente considerada, também é semidemocrática, e estou a ser benevolente: os mesmos dois partidos no poder há trinta anos! A mesma Constituição antidemocrática, vagamente em vigor, com os mesmos dois partidos incapazes de a pôr de acordo com a realidade portuguesa! E aí, continuam de acordo!!!
A Madeira de Alberto João limita-se a responder em termos dialécticos à animosidade que vem do continente, carregada de sonhos de sujeição. Nada mais lógico.
Por isso, enquanto a ‘semidemocracia’ da III República vigorar, Alberto João Jardim vai continuar a ganhar eleições.
E ainda bem.
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