Com pompa e circunstância cumpriu-se o ritual, Cavaco Silva foi empossado. É o décimo nono Presidente em noventa e cinco anos! O verde e encarnado em pano de fundo e muitos convidados. O Palácio parecia pequeno!
Lá estavam os adversários de ontem aos abraços, esquecidos os insultos da véspera, porque afinal somos todos amigos.
“Não se esqueçam que eu sou o Presidente de todos os portugueses, dos que votaram em mim, mas principalmente dos que não votaram em mim”!
A frase, uma vez proferida, opera o milagre: somos irmãos, estamos de acordo e vamos remar todos para o mesmo lado!
O resto são detalhes do discurso:
Em matéria de política interna, é preciso olhar pelos mais desfavorecidos, até porque eles não param de aumentar!
A construção da Europa precisa do nosso contributo, e nós precisamos do "contributo" da Europa, porque continuamos pobres!
O mar é o nosso destino, e por isso sentei os PALOP à minha mesa. Mas não estamos todos!
A NATO é a nossa defesa, e provávelmente voltaremos a ceder na questão dos Açores, se precisarem de bombardear o Irão!
Mais atentos, os mais interessados: O Príncipe das Astúrias, o Rei de Marrocos, o representante Inglês, e o pai Bush. A União Europeia com Durão e Delors.
Por fim, os ‘finalmente’: o brinde e a medalha. O brinde foi para todos, mas a medalha foi para Jorge. É caso para dizer – a Jorge o que é de Jorge!
E se isto tudo é verdade, e independente da dignidade do empossado, falta no entanto ‘a verdade de tudo isto’!
Falta a verdade da representação, falta o Rei.
Lá estavam os adversários de ontem aos abraços, esquecidos os insultos da véspera, porque afinal somos todos amigos.
“Não se esqueçam que eu sou o Presidente de todos os portugueses, dos que votaram em mim, mas principalmente dos que não votaram em mim”!
A frase, uma vez proferida, opera o milagre: somos irmãos, estamos de acordo e vamos remar todos para o mesmo lado!
O resto são detalhes do discurso:
Em matéria de política interna, é preciso olhar pelos mais desfavorecidos, até porque eles não param de aumentar!
A construção da Europa precisa do nosso contributo, e nós precisamos do "contributo" da Europa, porque continuamos pobres!
O mar é o nosso destino, e por isso sentei os PALOP à minha mesa. Mas não estamos todos!
A NATO é a nossa defesa, e provávelmente voltaremos a ceder na questão dos Açores, se precisarem de bombardear o Irão!
Mais atentos, os mais interessados: O Príncipe das Astúrias, o Rei de Marrocos, o representante Inglês, e o pai Bush. A União Europeia com Durão e Delors.
Por fim, os ‘finalmente’: o brinde e a medalha. O brinde foi para todos, mas a medalha foi para Jorge. É caso para dizer – a Jorge o que é de Jorge!
E se isto tudo é verdade, e independente da dignidade do empossado, falta no entanto ‘a verdade de tudo isto’!
Falta a verdade da representação, falta o Rei.
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