O tempo é veloz mas chega sempre no tempo certo. Em tempos idos a ideia de tributo parecia aceitável. Era a contrapartida pela segurança de pessoas e bens. Associada ao imposto tem outra
natureza. Reagimos contra o ocupante, físico ou ideológico, que nos oprime, que
nos sufoca na nossa própria terra, na nossa própria cultura! Cristo perante a
pergunta insidiosa ainda hoje nos surpreende – a César o que é de César, a Deus
o que é de Deus! César ocupava então a Palestina.
Diz-se que os gregos não gostam
de pagar impostos e que fazem gala nisso. Diz-se também que os portugueses eram
nesse aspecto parecidos com os gregos mas que entretanto evoluíram para uma
cultura de maior responsabilidade tributária! Não é o que se ouve nos
noticiários quando todos os dias se constituem arguidos por fraude e evasão
fiscal! Em que ficamos?!
O sentido comunitário não se
decreta. A reacção ao pagamento de impostos tem na base a desconfiança e o incómodo
de pagar ao corrupto ou ao invasor.
Acresce que em Portugal, e ao
contrário da Grécia*, à certeza da corrupção junta-se a certeza do invasor
ideológico, venha ele a cantar a marselhesa, venha ele travestido em ‘causas
fracturantes’!
Custa-me portanto pagar os impostos
que alimentam a corrupção, e pior do que isso, sustentam aqueles que ocupam o
estado e vão destruindo os alicerces da nossa cultura milenar!
Saudações monárquicas
*) Veja-se a propósito a
cerimónia de posse e juramento dos novos ministros do governo grego. Cerimónia
que curiosamente ninguém comentou!
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