À medida que o processo avança
começam a aparecer as velhas cumplicidades, as decrépitas conclusões, as
antiquíssimas razões que explicam a república de trazer por casa que somos. E
podia dizer isto por outras palavras não fora a sensação ou algum
palavrão que se soltasse da minha escrita contida. Já lá vai um parágrafo e
ainda não disseste nada! Pois bem, lembram–se das escutas que o presidente do supremo
tribunal de justiça mandou destruir?! Tudo com letra pequena. Lembram-se do procurador-geral
da república que propôs a destruição das mesmas?! Também com letra pequena. Por
serem irrelevantes, segundo sua excelência. Ora essa, conversas entre Sócrates
e o seu amigo Vara nunca poderiam ser irrelevantes, mas se vossa mercê acha,
então calo-me. Mudemos de assunto para recair no mesmo. Talvez consiga chegar a
um consenso quanto ao nome de código a dar a esta história! Polvo está
muito visto. Até porque o polvo tem cabeça pequena e tentáculos grandes e este
caso, já todos percebemos, a cabeça é grande de mais para o corpo. Digamos que
tem perna curta como a mentira. Neste aspecto parece-se mais com a lula ou com
o choco. Mas o nome que lhe fica a matar é pescadinha de rabo na boca! Porquê?!
Porque em Portugal está tudo ligado, quando se puxa por uma ponta vem tudo atrás. Aguardemos serenamente
os próximos capítulos do nosso ‘marquês’ repetindo até à exaustão que
está tudo inocente até trânsito em julgado, etc. etc.
Saudações monárquicas
Sem comentários:
Enviar um comentário