Como se sabe Portugal era um país
de inocentes. Um caso ou outro de crimes de amor ou vingança e no mais a
justiça funcionava através de longos processos que não davam em nada. Os
códigos garantiam a inocência, os advogados garantiam a subsistência e os juizes
garantiam a sua tranquilidade. Vale e Azevedo, talvez para inocentar o Benfica,
acabou por ser durante muito tempo o único corrupto sentenciado.
Esta situação tende agora a mudar
e começam a aparecer alguns casos que não sendo possível justificar, atrasar ou
prescrever, vão prosseguindo os seus trâmites perante o desespero de uns e
o aplauso de outros. Uma situação nova, desagradável, que provoca alguns estragos
políticos, porque na realidade é na política que surge a grande oportunidade para
o enriquecimento sem causa. Crime que em Portugal é muito difícil de reverter
para os códigos e percebe-se porquê.
Sendo assim, e contando com o
precioso auxílio da comunicação social, resta aos prováveis corruptos declararem-se
vítimas de perseguição política! Presos políticos.
É mais uma originalidade da
república para que as coisas voltem ao que eram – um país de inocentes!
Saudações monárquicas
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