Curioso país, este, onde o presidente de um dos clubes que
vai disputar a final da Taça de Portugal não pode estar presente no Jamor! Não porque
tenha qualquer impedimento legal, não porque esteja doente, mas simplesmente
porque sim! Para não incomodar os poderes fácticos que mandam nesta terra e que
não precisam de ir a eleições! É a lei do golpe. Senão vejamos:
O governo vai estar representado no Jamor e será por certo o
primeiro-ministro a estar presente. Um primeiro-ministro que ascendeu ao poder
depois de ter perdido as eleições. Posteriormente e contra o costume enraizado
um golpe no Parlamento e na democracia impediram Passos Coelho de governar!
O presidente da república, um homem cuja base eleitoral se
situa no centro direita, tem dado o seu apoio a uma solução governativa de
esquerda radical! É normal?!
As claques são em Portugal verdadeiras guardas pretorianas
dos presidentes dos três principais clubes. Os desacatos de Alcochete têm a ver
com isso. Queremos agora, e bem, acabar com elas mas não nos importamos de manter
uma guarda pretoriana para proteger o regime! Refiro-me à guarda nacional
republicana, uma abencerragem que só existe em Portugal!
Enfim, há aqui um problema mais profundo e que tem a ver com
a crise do sistema representativo, mas isso não desculpa o golpe permanente e a
batota.
Saudações monárquicas
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