Está
na banca o segundo volume, encadernado, da obra prima - 'o nacional
benfiquismo e o partido socialista'. Em três penadas podemos resumir
o enredo: - Ana Gomes, ex-deputada socialista, fez um comentário
questionando a lisura da transferência de um jovem jogador do
Benfica para o Atlético de Madrid. Um comentário sobre o comentário
de uma jornalista que também estranhava os valores envolvidos.
Estranheza aliás generalizada e já se fala em 'carrossel de
transferências' para designar este e outros negócios do mesmo
género. Nada que incomode as autoridades, o fisco, ou os
responsáveis que gerem o futebol português. Mas é claro que o
Benfica reagiu à insinuação, o que era expectável, ameaçando ao
mesmo tempo Ana Gomes com o competente processo judicial*. Até aqui
tudo bem.
O
que já não me parece bem é a exigência por parte do Benfica para
que o Partido Socialista esclareça a sua posição sobre o assunto,
uma espécie de chantagem velada, ou ameaça de boicote eleitoral! E
estamos em vésperas de eleições. Mas foi isto que aconteceu. E não
é que o César, responsável de turno pelo PS, veio logo sossegar o
Benfica demarcando-se da opinião da sua militante! Isto nem na
antiga união soviética. Aí, era o partido que mandava no futebol.
Aqui, pelos vistos é o futebol, neste caso o Benfica, que manda no
partido! O nacional benfiquismo não muda, seja estado novo ou
república de Abril.
Saudações
monárquicas
*Ameaça processar mas é só ameaça. O que o Benfica menos quer é que se investigue o assunto.
*Ameaça processar mas é só ameaça. O que o Benfica menos quer é que se investigue o assunto.
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