O acontecimento e a cerimónia poderiam perfeitamente reportar-se ao estado novo. O hóquei
outra vez, este Marcelo não é o mesmo mas é como se fosse, e o
entusiasmo patriótico dos locutores também é idêntico. Na altura,
e para quem ainda se lembra, parecia que o mundo inteiro andava sobre
rodas! Mas não era bem assim. Havia uma família e um torneio na Suíça, havia uma região em Espanha, mais
própriamente em Barcelona, e outra região em Itália. E claro,
Portugal e colónias.
Os
ingleses, que inventaram este e outros jogos, foram naturalmente os
primeiros campeões, mas decaíram muito e deixaram de patinar.
Alemanha, França, Bélgica e Holanda participavam nesses campeonatos
a título simbólico e com o único objectivo de serem goleadas. O
confronto esperado era sempre com a Espanha e às vezes com a Itália.
Só muito mais tarde surgiu a candidatura argentina. Hoje o panorama
não é muito diferente. Para memória futura ficam as saudades dos
grandes jogadores oriundos do Ultramar, em especial de Moçambique,
bem como de alguns emblemas (Paço de Arcos, Oeiras, Hóquei Sintra,
etc.) engolidos pelos clubes de futebol.
Nada
disto pretende desvalorizar a recente conquista do campeonato do
mundo! É apenas a constatação de que voltámos ao hóquei.
Saudações desportivas
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