(no 10 de Junho de 2005)
Enquanto a Norte, enfarpelados e ao som de clarins, os grandes descolonizadores comemoravam solenemente, o “dia de todos nós”, mais a Sul, propriamente na praia de Carcavelos, o Império celebrava a data, mas “à sua maneira”. Habituem-se, como diria o Vitorino!
Incomodado com os festejos, o ministro António Costa (não nos livramos disto?! – continuamos com um “País de costas”?!) anunciava que para já, mandava a polícia para a praia e que depois se “debruçariam sobre as causas profundas”!
Estamos a imaginar a “comissão de sábios” (incluindo os Louçãs e uns quantos daqueles que no passado gritavam – “nem mais um soldado e nem mais um tostão para as Colónias”) a “debruçarem-se” sobre o assunto e a adiantarem aquelas sábias conclusões – “que isto dos bairros problemáticos é um problema”, “ que nós até temos sorte porque por exemplo o Afeganistão e o Iraque estão pior” ou então “temos que levar este problema para a Europa resolver”...
Provavelmente também vamos ouvir o incontornável Constâncio a aconselhar o Governo, em nome do equilíbrio orçamental, a cortar com algumas importações supérfluas: “arrastões”, “favelas”, “muceques”, ... “Francamente. Não havia necessidade!”
Entretanto viva o 10 de Junho, dia da Raça, de Camões, das Comunidades, da praia de Carcavelos, etc. etc. etc. ...
Enquanto a Norte, enfarpelados e ao som de clarins, os grandes descolonizadores comemoravam solenemente, o “dia de todos nós”, mais a Sul, propriamente na praia de Carcavelos, o Império celebrava a data, mas “à sua maneira”. Habituem-se, como diria o Vitorino!
Incomodado com os festejos, o ministro António Costa (não nos livramos disto?! – continuamos com um “País de costas”?!) anunciava que para já, mandava a polícia para a praia e que depois se “debruçariam sobre as causas profundas”!
Estamos a imaginar a “comissão de sábios” (incluindo os Louçãs e uns quantos daqueles que no passado gritavam – “nem mais um soldado e nem mais um tostão para as Colónias”) a “debruçarem-se” sobre o assunto e a adiantarem aquelas sábias conclusões – “que isto dos bairros problemáticos é um problema”, “ que nós até temos sorte porque por exemplo o Afeganistão e o Iraque estão pior” ou então “temos que levar este problema para a Europa resolver”...
Provavelmente também vamos ouvir o incontornável Constâncio a aconselhar o Governo, em nome do equilíbrio orçamental, a cortar com algumas importações supérfluas: “arrastões”, “favelas”, “muceques”, ... “Francamente. Não havia necessidade!”
Entretanto viva o 10 de Junho, dia da Raça, de Camões, das Comunidades, da praia de Carcavelos, etc. etc. etc. ...
Sem comentários:
Enviar um comentário