Era bom que assim fosse mas não
é! A frase que escolhi para título é de Paula Teixeira da Cruz, ministra da
Justiça do anterior governo, actual deputada do PSD, e que votou,
juntamente com a esquerda, a adopção de crianças por 'casais' do mesmo sexo.
Tal como Paula Teixeira da Cruz
houve mais dezanove deputados da chamada ‘coligação de direita’ que ‘adoptaram’
o mesmo procedimento. O PSD e o CDS tinham dado liberdade de voto, o que nas
actuais circunstâncias da lei eleitoral significa apenas dispensa da disciplina
partidária. Explico melhor:
Na realidade Paula Teixeira da
Cruz não assumiu a liberdade, limitou-se a aproveitar a liberdade que o partido
lhe concedeu para votar como quis. E não vai arcar com responsabilidade nenhuma
porque nenhum eleitor lhe vai exigir essa responsabilidade. E não vai exigir porque nenhum eleitor a escolheu para ser deputada.
Paula Teixeira da Cruz foi apresentada aos eleitores,
tal como todos os outros deputados, numa lista partidária e quem a escolheu foi
o chefe do seu partido. A responsabilidade individual pressupõe uma escolha
individual e isso não aconteceu em relação aos eleitores. Quando muito irá penalizar o partido nas
próximas eleições mas isso tem pouco a ver com os seus temores.
A conclusão é óbvia e toca no
cerne da nossa vida politica: - enquanto perdurar esta lei eleitoral a
assembleia da república está diminuída. E está diminuída naquilo que é
essencial - na liberdade e na responsabilidade. Duas condições essenciais à
democracia.
Saudações monárquicas
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