sexta-feira, novembro 13, 2015

A Legitimidade!

Numa entrevista à Rádio Renascença o Senhor Dom Duarte, Chefe da Casa Real Portuguesa invocou a lei para compreender a solução governativa representada por António Costa. É uma declaração importante e eu como monárquico devo tê-la em conta. Assim farei.

Tal não me impede de pensar e de escrever o que penso acerca dessa possibilidade. Possibilidade que continuo a considerar altamente perigosa pela instabilidade que poderá criar no País. País onde se incluem, não esqueçamos, as Regiões Autónomas.

É perigosa, não porque António Costa não tenha capacidade para tal, é perigosa porque o comum das pessoas, a sua grande maioria, votou convencida que o duelo eleitoral se travava entre Passos Coelho e António Costa, ou entre a Coligação e o PS. É o costume eleitoral, são quarenta anos de exercício. Para essas pessoas não existem dúvidas, nem preciosismos constitucionais. Para elas quem ganhou foi Passos Coelho e quem perdeu foi António Costa. Não podemos fugir a isto. Portanto, quando lhes falam na eventualidade de um governo liderado por quem perdeu, não aceitam e sentem-se naturalmente defraudadas.

Acresce que a hipótese de um governo de frente esquerda (é assim que as pessoas o veem) foi deliberadamente escondida dos eleitores. E foi escondida porque haveria o justo receio de que os resultados eleitorais penalizassem tal entendimento. E mais uma vez estamos perante uma fraude eleitoral. Uma segunda fraude.

Pois bem, a história ensina que as grandes confrontações começam normalmente por incidentes que julgamos menores. Não será preciso recordar os motivos da guerra civil entre D. Pedro IV e seu irmão D. Miguel, bisavô do actual pretendente. Basta atentarmos na primeira república e nas tropelias eleitorais do partido republicano. Curiosamente liderado por um Costa! Basta recordarmos a guerra civil de Espanha e a fraude eleitoral que a despoletou. São apenas exemplos onde a legitimidade esteve em causa.



Saudações monárquicas

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