Comecemos pela comunicação social,
seguidista por natureza, perseguida pelo velho dilema – arriscar ou não o
emprego, incomodar ou não o patrão - quando o patrão afinal não é bem patrão, é
um lugar geométrico entre o estado, a banca e uma série de corporações, mais ou
menos secretas! É assim que podemos assistir, no meu caso não assistir, ao
irmão do Costa primeiro-ministro continuar a comandar mesas redondas sobre a
situação política actual fingindo uma imparcialidade que evidentemente não pode
ter. É um exemplo sobre uma comunicação social que adora Costa desde o início e
não consegue esconder ou disfarçar o seu complexo de esquerda!
O 25 de Novembro vivi-o eu, tal
como já tinha vivido o 28 de Setembro e espanta-me que 40 anos passados ainda
não tenha ouvido ninguém dizer a verdade sobre esse dia! O Partido comunista, o
grande conspirador desde sempre - desde Vasco Gonçalves, primeiro-ministro, até
ao almirante Rosa Coutinho apoiante do MPLA, passando pela Quinta Divisão,
órgão político das forças armadas, responsável pela agitação que então se vivia
nos quartéis, sem esquecer as ocupações de terras e a guerra latente entre o
norte e o sul do país – o partido comunista, dizia, acabou por ser ilibado
graças ao gesto ‘magnânimo’ de Melo Antunes, que atirou com todas as culpas
para a extrema-esquerda! E para o Otelo! Disse então Melo Antunes que o PCP
fazia falta à democracia portuguesa!
Os verdadeiros vencedores, Jaime
Neves, à frente dos Comandos, o general Ramalho Eanes que conduziu a resposta
ao golpe, Pires Veloso e as populações católicas do norte que se opuseram aos
comunistas, ouviram a proclamação de Melo Antunes em silêncio.
Esta é a história do dia 25 de
Novembro.
Saudações monárquicas
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