“ A tendência geral da humanidade é a de os mais pobres aspirarem ao nível de vida dos mais ricos. A diversidade nacional de moedas tende a diminuir as diferenças de desenvolvimento económico, e a prazo a igualizar a situação económica dos países entre os quais o comércio é livre. A unicidade da moeda, pelo contrário, tende a perpetuar as diferenças de riqueza entre as nações”.
Estava eu a reler esta passagem de um interessante artigo de Pedro Arroja, publicado em 1989 na revista “Portugueses”, quando me ocorreu o desabafo que serve de título ao postal!
“Talvez que eu seja um caso isolado”, como diz a canção, mas estou certo que “não sou o único a olhar o céu”. Neste caso o inferno do quotidiano, que atinge em cheio o bolso de uma grande maioria de portugueses, por enquanto mais ou menos silenciosos.
O texto chama a atenção “que para os países mais pobres da Comunidade, a criação de um Banco Central comum e de uma moeda única seria um factor impeditivo do progresso, perpetuando a sua pobreza relativa, face aos países mais prósperos da Comunidade. Que o Banco Central Europeu contribuiria para aniquilar a diversidade cultural da Europa, centralizando o poder político nas nacionalidades relativamente mais numerosas e ricas do norte, com consequências difíceis de antecipar”.
Hoje já não há muito para antecipar: agarrámo-nos à união europeia pelos piores motivos, ou seja, na tentativa de escaparmos às nossas responsabilidades históricas; fugimos “sem vela e sem navio”, e por isso fomos incapazes de tirar partido da situação, como outros tiraram; pensámos, e ainda há quem pense, que aquilo foi feito para nós, e para sempre! Limitámo-nos a receber e a gastar o preço da nossa independência.
No meio da desorientação geral ouvem-se agora estranhas vozes aconselhando a pista marroquina!
E continua a prometer-se o futuro a quem renegue o passado!
Estava eu a reler esta passagem de um interessante artigo de Pedro Arroja, publicado em 1989 na revista “Portugueses”, quando me ocorreu o desabafo que serve de título ao postal!
“Talvez que eu seja um caso isolado”, como diz a canção, mas estou certo que “não sou o único a olhar o céu”. Neste caso o inferno do quotidiano, que atinge em cheio o bolso de uma grande maioria de portugueses, por enquanto mais ou menos silenciosos.
O texto chama a atenção “que para os países mais pobres da Comunidade, a criação de um Banco Central comum e de uma moeda única seria um factor impeditivo do progresso, perpetuando a sua pobreza relativa, face aos países mais prósperos da Comunidade. Que o Banco Central Europeu contribuiria para aniquilar a diversidade cultural da Europa, centralizando o poder político nas nacionalidades relativamente mais numerosas e ricas do norte, com consequências difíceis de antecipar”.
Hoje já não há muito para antecipar: agarrámo-nos à união europeia pelos piores motivos, ou seja, na tentativa de escaparmos às nossas responsabilidades históricas; fugimos “sem vela e sem navio”, e por isso fomos incapazes de tirar partido da situação, como outros tiraram; pensámos, e ainda há quem pense, que aquilo foi feito para nós, e para sempre! Limitámo-nos a receber e a gastar o preço da nossa independência.
No meio da desorientação geral ouvem-se agora estranhas vozes aconselhando a pista marroquina!
E continua a prometer-se o futuro a quem renegue o passado!
Sem comentários:
Enviar um comentário