sábado, dezembro 30, 2006

Os anjos da morte

Eles dizem sempre que são os outros, porque os bons, os pacíficos, as vítimas, são eles! Quem faz explodir cidades e vidas em poucos segundos são eles, mas os outros é que não podem possuir armas nucleares, porque é perigoso! Eles são eles e os seus amigos israelitas, coitados, povo eleito e sofredor, o que seria do mundo sem eles!...
O Iraque, anteriormente um mar de chamas, um inferno, agora, com a democracia a caminho por oleoduto, mas já sem Iraque, é uma maravilha! Tempestade no deserto, missão cumprida, hurrah!
Nas palavras de um jovem iraquiano, possivelmente sunita, a execução de Saddam Hussein foi um crime irano-americano. Mas a América tem as costas largas, podemos precisar a objectiva, e o que vemos! Os mesmos bárbaros que saquearam Roma, os mesmos ladrões de diligências no far-west, os mesmos criminosos que abateram os índios! O supra sumo da civilização, faróis da humanidade, que nos guiam. Para onde?
Perguntem à estátua da liberdade com letra pequena.
Deves pensar que sou anti-americano, mas não sou.
I was, mas já não era.
Eu chamo-me Poncio Pilatos e repito a frase que vai da esquerda à direita – era um ditador, um torcionário, mas nós somos contra a pena de morte!
Somos?!

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