Ando esquisito, confesso-me distante das coisas, do que se passa à minha volta, não leio jornais vai para quinze dias, não deixei crescer a barba porque a uso crescida, numa palavra, sinto-me alheio.
Lembram-me aqueles tempos mornos em que eu meditava na impossibilidade de mudar o regime. Que afinal fingiu que mudou! Só para me enganar!!!
Uma voz amiga sussurrou-me ao ouvido: será por causa do Belenenses?!
Seja como for, tenho que reagir, ir ao encontro do acontecimento, fazer prova de vida.
Segui então pelo “Último Reduto” até à notícia, já requentada, diga-se, que refere a lista dos deputados da República que fizeram gazeta à última sessão plenária, decerto por ponderosos motivos das suas atarefadas vidas particulares e privadas.
Lá estão eles, uma grande representação do bloco central, lindos meninos e meninas, que tomam conta de nós há cerca de trinta anos, com dedicação e carinho. Não sejamos injustos. Podíamos estar muito pior, olhem o que se passa pelo mundo...na Palestina, por exemplo. Eles bem merecem as ‘pontes’, umas fériazinhas nas excelsas ondas.
A Semana Santa é na praia, nas discotecas, porque a liturgia desta rapaziada tem outras datas. A 25 de Abril ninguém falta! Lá os veremos, à volta do hemiciclo, todos enfarpelados, cravo na lapela e ar solene, agradecidos pela vidinha que têm, discursos e ordens da liberdade, etc.etc....
Idiota sou eu que também lá devia estar! A botar discurso, corda ao pescoço como um Egas Moniz, a pedir desculpa pela má representação, pelas más companhias, a prometer acabar com aquilo o mais depressa possível!
Precipitei-me, mas um dia acontece...
Lembram-me aqueles tempos mornos em que eu meditava na impossibilidade de mudar o regime. Que afinal fingiu que mudou! Só para me enganar!!!
Uma voz amiga sussurrou-me ao ouvido: será por causa do Belenenses?!
Seja como for, tenho que reagir, ir ao encontro do acontecimento, fazer prova de vida.
Segui então pelo “Último Reduto” até à notícia, já requentada, diga-se, que refere a lista dos deputados da República que fizeram gazeta à última sessão plenária, decerto por ponderosos motivos das suas atarefadas vidas particulares e privadas.
Lá estão eles, uma grande representação do bloco central, lindos meninos e meninas, que tomam conta de nós há cerca de trinta anos, com dedicação e carinho. Não sejamos injustos. Podíamos estar muito pior, olhem o que se passa pelo mundo...na Palestina, por exemplo. Eles bem merecem as ‘pontes’, umas fériazinhas nas excelsas ondas.
A Semana Santa é na praia, nas discotecas, porque a liturgia desta rapaziada tem outras datas. A 25 de Abril ninguém falta! Lá os veremos, à volta do hemiciclo, todos enfarpelados, cravo na lapela e ar solene, agradecidos pela vidinha que têm, discursos e ordens da liberdade, etc.etc....
Idiota sou eu que também lá devia estar! A botar discurso, corda ao pescoço como um Egas Moniz, a pedir desculpa pela má representação, pelas más companhias, a prometer acabar com aquilo o mais depressa possível!
Precipitei-me, mas um dia acontece...
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