Não há um árbitro português no campeonato do mundo; não há um treinador português no campeonato do mundo; dirigentes portugueses, com responsabilidades no futebol mundial, é melhor nem pensar nisso; a Europa e o mundo não precisam do discurso redondo, atento e obrigado, habitual na grande maioria dos nossos capatazes mais ou menos desportivos; não obstante, temos dos melhores jogadores do mundo, jogadores que quando bem comandados conseguem impossíveis! Conseguem ser uma autêntica equipa!
Ao fim de quarenta anos chegámos de novo aos quartos de final de um campeonato do mundo de futebol, não porque nas anteriores participações não tivéssemos também grandes jogadores, até melhores do que os de hoje, mas não tivemos na altura a oportunidade ou a sorte de ter um seleccionador que assumisse uma liderança indiscutível, com coragem e independência.
Em cada lance, nas contrariedades próprias do jogo, nos momentos infelizes, todos sentimos, dentro e fora do campo, que a cadeia de comando estava bem firme, bastava um olhar, a expressão resoluta, o acompanhamento constante de todas as peripécias que iam sucedendo, essa força íntima que se transmite, e que faz com que pessoas vulgares se transcendam nos momentos decisivos.
Naturalmente que também faz diferença e muita, o facto da maior parte dos jogadores actuarem em países e campeonatos muito competitivos, onde não se toleram comportamentos inferiores ou infantis. O contrário exactamente do que se passa por cá, e não por culpa dos jogadores, mas de quem (não) manda, de quem os deveria formar e orientar.
Aquilo a que assistimos em Nuremberga, num mero jogo de futebol, pode bem ser o pretexto para reflectirmos sobre as nossas proverbiais incapacidades, e na melhor forma de as superarmos.
Dito de outra maneira, podíamos formular a seguinte questão: porque é que vamos mantendo um sistema político, com reflexos em todos os subsistemas, que impossibilita o desenvolvimento natural das capacidades de um país que afinal não é tão pobre como convém, e de um povo, que afinal tem potencialidades insuspeitadas mas que raramente consegue exprimi-las portas adentro!
Não antecipo conclusões, mas desconfio que o problema está onde sempre esteve, ou seja, nas falsas elites que por aqui desgovernam, em compadrio permanente, que se servem sem servir, que apregoam a democracia para os outros, e que a esta hora estão a comemorar, na televisão ou na Alemanha, a vitória da selecção!
Talvez fosse o tempo de pensarmos num centro de estágio, ou numa nova academia, para fabricar e treinar verdadeiras elites que assegurem o futuro de Portugal.
Saudações monárquicas.
Ao fim de quarenta anos chegámos de novo aos quartos de final de um campeonato do mundo de futebol, não porque nas anteriores participações não tivéssemos também grandes jogadores, até melhores do que os de hoje, mas não tivemos na altura a oportunidade ou a sorte de ter um seleccionador que assumisse uma liderança indiscutível, com coragem e independência.
Em cada lance, nas contrariedades próprias do jogo, nos momentos infelizes, todos sentimos, dentro e fora do campo, que a cadeia de comando estava bem firme, bastava um olhar, a expressão resoluta, o acompanhamento constante de todas as peripécias que iam sucedendo, essa força íntima que se transmite, e que faz com que pessoas vulgares se transcendam nos momentos decisivos.
Naturalmente que também faz diferença e muita, o facto da maior parte dos jogadores actuarem em países e campeonatos muito competitivos, onde não se toleram comportamentos inferiores ou infantis. O contrário exactamente do que se passa por cá, e não por culpa dos jogadores, mas de quem (não) manda, de quem os deveria formar e orientar.
Aquilo a que assistimos em Nuremberga, num mero jogo de futebol, pode bem ser o pretexto para reflectirmos sobre as nossas proverbiais incapacidades, e na melhor forma de as superarmos.
Dito de outra maneira, podíamos formular a seguinte questão: porque é que vamos mantendo um sistema político, com reflexos em todos os subsistemas, que impossibilita o desenvolvimento natural das capacidades de um país que afinal não é tão pobre como convém, e de um povo, que afinal tem potencialidades insuspeitadas mas que raramente consegue exprimi-las portas adentro!
Não antecipo conclusões, mas desconfio que o problema está onde sempre esteve, ou seja, nas falsas elites que por aqui desgovernam, em compadrio permanente, que se servem sem servir, que apregoam a democracia para os outros, e que a esta hora estão a comemorar, na televisão ou na Alemanha, a vitória da selecção!
Talvez fosse o tempo de pensarmos num centro de estágio, ou numa nova academia, para fabricar e treinar verdadeiras elites que assegurem o futuro de Portugal.
Saudações monárquicas.
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