Ouvi ontem um dos ‘Sermões’ do Padre António Vieira em que o jesuíta pedia ‘explicações’ a Deus, imagine-se a coragem, sobre as rapinagens holandesas no norte do Brasil e em outras paragens que estavam sob o domínio português.
Vieira queixava-se com razão, argumentando que se Deus nos tinha concedido evangelizar terras e gentes por esse mundo além, não era justo que agora consentisse que piratas ‘laranjas’, desobedientes à lei de Cristo, andassem por aí sem vergonha, a ocupar, roubar e a maltratar portugueses!
Um último ‘desafio’ e um ultimo queixume: que se era para nos tirar, aquilo que com tantos sacrifícios soubemos manter para honra e glória de Nosso Senhor, seria melhor que nunca nos houvera dado!
Parece que a Divina Providência aceitou a razão e acolheu a súplica do destemido pregador, porque em breve seriam os holandeses expulsos do Brasil para nunca mais lá voltarem. A assinalar o feito, fica a lembrança das batalhas travadas nos ‘montes guararapes’, a sul de Pernambuco, onde em grande inferioridade numérica, portugueses, mestiços e índios potiguares, levaram de vencida a poderosa armada holandesa.
Depois a história é conhecida, nomeadamente a seguir à Restauração da Independência, em que fomos recuperando persistentemente o que nos havia sido roubado.
Hoje, para quem assistiu à ‘batalha de Nuremberga’ que opôs de novo portugueses e holandeses, num jogo de futebol, não pode deixar de pensar que os argumentos (e os queixumes) de Vieira ainda fazem fé na Corte Celeste.
Vieira queixava-se com razão, argumentando que se Deus nos tinha concedido evangelizar terras e gentes por esse mundo além, não era justo que agora consentisse que piratas ‘laranjas’, desobedientes à lei de Cristo, andassem por aí sem vergonha, a ocupar, roubar e a maltratar portugueses!
Um último ‘desafio’ e um ultimo queixume: que se era para nos tirar, aquilo que com tantos sacrifícios soubemos manter para honra e glória de Nosso Senhor, seria melhor que nunca nos houvera dado!
Parece que a Divina Providência aceitou a razão e acolheu a súplica do destemido pregador, porque em breve seriam os holandeses expulsos do Brasil para nunca mais lá voltarem. A assinalar o feito, fica a lembrança das batalhas travadas nos ‘montes guararapes’, a sul de Pernambuco, onde em grande inferioridade numérica, portugueses, mestiços e índios potiguares, levaram de vencida a poderosa armada holandesa.
Depois a história é conhecida, nomeadamente a seguir à Restauração da Independência, em que fomos recuperando persistentemente o que nos havia sido roubado.
Hoje, para quem assistiu à ‘batalha de Nuremberga’ que opôs de novo portugueses e holandeses, num jogo de futebol, não pode deixar de pensar que os argumentos (e os queixumes) de Vieira ainda fazem fé na Corte Celeste.
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