Começo por lembrar aos caríssimos visitantes deste interregno que sou aquilo a que se pode chamar um antiquíssimo adepto do futebol.
Menino e moço vi futebol nas Salésias, fui praticante, dizem que com algum jeito, e pela vida fora sempre fiz do Domingo à tarde, um dia de ‘bola’. Isto para esclarecer que nada me move contra o desporto-rei, antes pelo contrário. Tenho até, como alguns sabem, um blog dedicado a esse assunto.
Mas se tudo isto é verdade, não esperem encontrar por aqui qualquer apoio à onda de histerismo colectivo, impensável, mesmo para quem se habituou a ouvir que o futebol era, durante o ‘antigo regime’, o ópio do povo. Pois se era, ultrapassou as barreiras de classe, atacou a burguesia, instalou-se nas ‘elites’ bem pensantes, e passou a ser consumido por toda a gente, a toda a hora!
Desculpem-me, mas não estou preparado para no fim de um jogo de futebol, ver e ouvir o primeiro-ministro de Portugal a fazer comentários às incidências e ao resultado da partida! Parece-me um pouco de mais, mesmo considerando que se trata de um jogo a contar para o campeonato do mundo da modalidade...disputado na Alemanha!
A seguir apareceu o Durão Barroso...e ainda fui a tempo de ser esclarecido por um ex-presidente da república, o omnipresente Sampaio! Estavam lá todos!
Afinal, ‘o espírito de Sevilha’ não se perdeu, frutificou, criou raízes.
Mas o que é isto!?
Será que a seguir ao jogo da Inglaterra, o primeiro-ministro inglês estava ali, disponível, para dizer umas baboseiras sobre o que se tinha passado!? Será que a imprensa japonesa andou a correr atrás de algum ministro nipónico para lhe pedir um comentário sobre a derrota da equipa do Japão!?
Enfim, se souberem alguma coisa, digam-me, posso estar enganado.
Entretanto e já que estamos aqui, aproveitemos o tempo para estudar o fenómeno das migrações através deste jogo entre Portugal e Angola!
Se olharmos com atenção para a equipa das quinas, para lá do equipamento terceiro mundista, conseguimos chegar a uma primeira conclusão: trata-se de uma selecção de emigrantes, orientada por um imigrante, muito apoiada por emigrantes e que representa hoje em dia um país de emigrantes e imigrantes.
O símbolo desta selecção é Deco: um imigrante, que se tornou português, para ser emigrante!
E em Angola o que temos: uma selecção de jogadores também emigrantes, que jogam em clubes portugueses modestos, alguns jogadores com a profissão de contínuos, caso de Mateus, outros desempregados, como o guarda-redes, equipa muito apoiada por imigrantes, e orientada por um angolano!
É caso para dizer, as voltas que o mundo dá e as voltas que o discurso político também dá! Não foi assim há tanto tempo que ouvi Mário Soares a gritar: Portugal vai deixar de ser um país de emigrantes! Os que cá nascerem terão paz, pão, trabalho, habitação...como cantava a canção!
Parece que sobrou qualquer coisa, ou então, é para acrescentar...imigração em massa das ex-colónias, incluindo o Brasil!
Quem diria! Em apenas trinta anos!
Uma dúvida: serão imigrantes ou refugiados da miséria, da fome, da guerra, do socialismo, dos tiranetes que por lá mandam?
Deixemos isso, Portugal ganhou, é tudo o que interessa!
Para chatices, já basta o dia a dia.
Saudações monárquicas.
Menino e moço vi futebol nas Salésias, fui praticante, dizem que com algum jeito, e pela vida fora sempre fiz do Domingo à tarde, um dia de ‘bola’. Isto para esclarecer que nada me move contra o desporto-rei, antes pelo contrário. Tenho até, como alguns sabem, um blog dedicado a esse assunto.
Mas se tudo isto é verdade, não esperem encontrar por aqui qualquer apoio à onda de histerismo colectivo, impensável, mesmo para quem se habituou a ouvir que o futebol era, durante o ‘antigo regime’, o ópio do povo. Pois se era, ultrapassou as barreiras de classe, atacou a burguesia, instalou-se nas ‘elites’ bem pensantes, e passou a ser consumido por toda a gente, a toda a hora!
Desculpem-me, mas não estou preparado para no fim de um jogo de futebol, ver e ouvir o primeiro-ministro de Portugal a fazer comentários às incidências e ao resultado da partida! Parece-me um pouco de mais, mesmo considerando que se trata de um jogo a contar para o campeonato do mundo da modalidade...disputado na Alemanha!
A seguir apareceu o Durão Barroso...e ainda fui a tempo de ser esclarecido por um ex-presidente da república, o omnipresente Sampaio! Estavam lá todos!
Afinal, ‘o espírito de Sevilha’ não se perdeu, frutificou, criou raízes.
Mas o que é isto!?
Será que a seguir ao jogo da Inglaterra, o primeiro-ministro inglês estava ali, disponível, para dizer umas baboseiras sobre o que se tinha passado!? Será que a imprensa japonesa andou a correr atrás de algum ministro nipónico para lhe pedir um comentário sobre a derrota da equipa do Japão!?
Enfim, se souberem alguma coisa, digam-me, posso estar enganado.
Entretanto e já que estamos aqui, aproveitemos o tempo para estudar o fenómeno das migrações através deste jogo entre Portugal e Angola!
Se olharmos com atenção para a equipa das quinas, para lá do equipamento terceiro mundista, conseguimos chegar a uma primeira conclusão: trata-se de uma selecção de emigrantes, orientada por um imigrante, muito apoiada por emigrantes e que representa hoje em dia um país de emigrantes e imigrantes.
O símbolo desta selecção é Deco: um imigrante, que se tornou português, para ser emigrante!
E em Angola o que temos: uma selecção de jogadores também emigrantes, que jogam em clubes portugueses modestos, alguns jogadores com a profissão de contínuos, caso de Mateus, outros desempregados, como o guarda-redes, equipa muito apoiada por imigrantes, e orientada por um angolano!
É caso para dizer, as voltas que o mundo dá e as voltas que o discurso político também dá! Não foi assim há tanto tempo que ouvi Mário Soares a gritar: Portugal vai deixar de ser um país de emigrantes! Os que cá nascerem terão paz, pão, trabalho, habitação...como cantava a canção!
Parece que sobrou qualquer coisa, ou então, é para acrescentar...imigração em massa das ex-colónias, incluindo o Brasil!
Quem diria! Em apenas trinta anos!
Uma dúvida: serão imigrantes ou refugiados da miséria, da fome, da guerra, do socialismo, dos tiranetes que por lá mandam?
Deixemos isso, Portugal ganhou, é tudo o que interessa!
Para chatices, já basta o dia a dia.
Saudações monárquicas.
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