Próximo de Badajoz, Sócrates olhou pela primeira vez a Península e descobriu imediatamente que havia ali um destino comum. Tudo se conjugava para o efeito, desde logo a geografia, a diversidade das regiões e dos seus habitantes, a origem da língua, também o gaz e a electricidade, o tgv, apenas a história se afastava deste padrão uniforme, desta lógica identitária!
Nada que não se resolva, pensou. Não vamos é alimentar este divisionismo ridículo, obra de ingleses ou excesso de virilidade do primeiro Afonso. Não nos podemos esquecer que já vivemos semelhante tentativa, estou a pensar nos Filipes, pois claro.
Foram sessenta anos de felicidade abruptamente interrompida por um punhado de fidalgos incapazes de compreender o sentido da modernidade, a inevitável inclusão. Tudo aconteceu num primeiro de Dezembro de 1640!
Tentaremos pois de novo, mas com uma variante: é preciso manter uma falsa independência, fictícia em tudo, menos nos cargos públicos. Continuaremos a fingir que somos um país, elegeremos os nossos deputados, o primeiro-ministro serei eu, por muitos e bons anos, sem esquecer que um presidente da república faz sempre parte da fachada.
A população apertará o cinto durante o período de adesão que nos for imposto por Madrid, mas a ‘cenoura’ do salário castelhano, o prometido desenvolvimento e outras vantagens futuras, hão-de por certo amaciar os portugueses.
Portugueses que, perdidas as colónias, já pouco têm em comum.
E depois, é uma enorme alegria trabalhar com Zapatero, um homem atirado para a frente como eu!
Ainda estou admirado como é que ninguém reparou na evidência: a Península Ibérica afinal é só uma!
Nada que não se resolva, pensou. Não vamos é alimentar este divisionismo ridículo, obra de ingleses ou excesso de virilidade do primeiro Afonso. Não nos podemos esquecer que já vivemos semelhante tentativa, estou a pensar nos Filipes, pois claro.
Foram sessenta anos de felicidade abruptamente interrompida por um punhado de fidalgos incapazes de compreender o sentido da modernidade, a inevitável inclusão. Tudo aconteceu num primeiro de Dezembro de 1640!
Tentaremos pois de novo, mas com uma variante: é preciso manter uma falsa independência, fictícia em tudo, menos nos cargos públicos. Continuaremos a fingir que somos um país, elegeremos os nossos deputados, o primeiro-ministro serei eu, por muitos e bons anos, sem esquecer que um presidente da república faz sempre parte da fachada.
A população apertará o cinto durante o período de adesão que nos for imposto por Madrid, mas a ‘cenoura’ do salário castelhano, o prometido desenvolvimento e outras vantagens futuras, hão-de por certo amaciar os portugueses.
Portugueses que, perdidas as colónias, já pouco têm em comum.
E depois, é uma enorme alegria trabalhar com Zapatero, um homem atirado para a frente como eu!
Ainda estou admirado como é que ninguém reparou na evidência: a Península Ibérica afinal é só uma!
Sem comentários:
Enviar um comentário