quarta-feira, novembro 08, 2006

Nuvens de Outono

Hoje tenho a certeza que nenhum holocausto existiu e hei-de sepultar essa verdade comigo. Guardo outras mil certezas impossíveis, impronunciáveis, que me podiam valer o cadafalso. Conheço bem os vencedores da guerra, sei dos heróis que nos contaram, e dos vilões que nos mentiram.
Para quê?
Queimem em todas as bandeiras, a falsa liberdade, a opressão denodada, a raiva nos dentes da hiena. Escondam de mim esses aliados sem vergonha nem fé, que abanam a cauda no silêncio cúmplice.
Vai morrer um homem, um criminoso, um amigo, um monstro, um deus.
Para quem não saiba do que falo, vem no jornal, um tribunal escolheu a vítima ao acaso, mas podias ser tu, descendente rapace que espalhas o ódio com virtude, que trocaste a cara pela tua máscara. Cumpre o teu destino.
E que o sangue dos inocentes esteja sempre contigo.

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