terça-feira, maio 10, 2011

A escolha

Frente a frente o partido de Castela e o partido do mar, ambos mal representados, é certo, mas a representação possível, a representação a que temos direito.
Ai Portas, se não fosses tão Portas (a expressão não é minha, mas serve) podias ter marcado um golo de bandeira! Bandeira azul e branca, já agora. Estavas à frente da baliza, era só marcar. Mas foste na conversa do guarda-redes, desataste a comparar o preço dos submarinos com outras coisas e a oportunidade perdeu-se. Para a próxima não falhes e aviso-te que não vais ter muitas mais oportunidades. Da próxima vez concentra-te, imagina-te um português de lei, e responde assim ao partido de Castela: - para quem transformou Portugal num protectorado ao ponto de necessitar ser governado de fora, é natural que a ideia de soberania não exista ou exista apenas no palavreado! Essa a razão porque o nosso engenheiro prefere o TGV para ir a Madrid entregar a defesa da nossa zona económica exclusiva aos castelhanos e aos seus submarinos. Um desses submarinos, Miguel de Vasconcelos, caiu uma vez da janela, vinha a propósito lembrar.
Mas Portas poderia ter goleado se tivesse explicado ao seu interlocutor que Portugal quer dizer ‘terra de muitos (e bons) portos’, que o mar sempre foi fonte de independência, e essa seria uma razão para evitar comparações que possam pôr em causa a nossa soberania marítima. Não era preciso dizer mais nada.
A não ser oferecer ao engenheiro uma cópia dos versos e música que um dia fabriquei em defesa do mar…


Saudações monárquicas

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