A boa notícia é a clarificação do
espectro partidário, ou seja, a partir de agora o PS passa a ocupar o seu verdadeiro
lugar. Um partido socialista, com poucas hipóteses de pescar ao centro, cabendo-lhe sim,
federar e liderar os pequenos partidos à sua esquerda. Isto quer dizer que terá
que assumir as grandes causas até agora entregues ao Bloco e ao PCP. Escuso-me
de as enumerar, mas passam pelo aumento da despesa pública e pelo aumento do
estado. No que toca aos compromissos europeístas, Costa encarnará em Tsipras. O
discurso é conhecido – a Europa é que tem que mudar, tem que nos ajudar para
podermos convergir.
As más notícias neste caso serão naturalmente
para o PCP e para o Bloco. O PS tenderá a ser o depositário do voto útil e aqueles
dois partidos verão a sua base de apoio cada mais reduzida.
Boas notícias para um futuro
partido de direita, nacionalista à portuguesa, eurocéptico quanto baste. Partido
que há-de cativar os votos que a Coligação, demasiado europeísta, deixa fugir
para a esquerda e para a abstenção.
Más notícias para a Coligação,
que terá a breve prazo de se clarificar também. Tornando-se num grande partido conservador
com objectivos para além do défice. Para isso terá que deixar cair os tiques sociais democratas. Que são de esquerda.
Saudações monárquicas
Nota básica: Quando me refiro a boas e más notícias não estou a caucionar a trapaça eleitoral que se vem desenvolvendo às claras e está a deixar os eleitores estupefactos. Estou apenas a dizer que, aconteça o que acontecer, nada será como dantes no que toca ao xadrez partidário.
Nota básica: Quando me refiro a boas e más notícias não estou a caucionar a trapaça eleitoral que se vem desenvolvendo às claras e está a deixar os eleitores estupefactos. Estou apenas a dizer que, aconteça o que acontecer, nada será como dantes no que toca ao xadrez partidário.
Sem comentários:
Enviar um comentário