‘(…) Cabe aos deputados decidir
se o governo deve assumir as suas funções em plenitude (…) ‘. Eis o enigma do
discurso presidencial!
A partir daqui, e como já foi
salientado por alguns comentadores, podemos concluir que Cavaco Silva, no caso
do programa de governo ser chumbado, ainda terá alguma margem de manobra. Pondo
de parte por ora a hipótese (possível) de um governo de iniciativa presidencial,
cenário que Cavaco sempre excluiu, o que se afigura mais provável é a seguinte
alternativa:-
- O presidente chama de novo os partidos a Belém e volta a
indigitar Passos Coelho para formar novo governo. Um governo que inclua
personagens (europeístas) próximas do PS. Governo que se for também chumbado, poderá então
permanecer, não em plenitude de funções, mas em gestão até novas eleições.
Cumprindo-se assim a ‘ameaça’ que Cavaco terá feito aos deputados na frase
acima citada.
É claro que falta aqui uma
condição essencial, a saber: - Passos (e Portas) terão que aceitar esta
solução. Em nome dos superiores interesses do país.
Aceitarão?!
Saudações monárquicas
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