Depois de ter errado no discurso,
depois de ter dito que já tinha estudado todos os cenários, outro erro, cabe
agora a Cavaco Silva não errar outra vez. Porque se volta a errar ficará na
história como o responsável pelo enterro da terceira república e da constituição
que tanto jura defender.
E por falar em constituição, ela
que tem servido para tudo, que serve por exemplo para manter um estado
completamente desproporcionado em relação à riqueza produzida, apesar de tudo nunca
serviu para alterar o sentido de voto dos portugueses. Essa interpretação, que
eu saiba, nunca foi defendida por ninguém. Maiorias aritméticas que se juntam
após as eleições, para, renegando os respectivos princípios programáticos, renegando
o que prometeram na campanha eleitoral, conseguirem alçar-se ao poder, isso a
constituição não prevê. Nem apoia. Porque se apoiasse nunca mais poderia ser
invocada para coisa nenhuma.
Assim, tal como a constituição, Cavaco
também não pode colaborar com o desvirtuamento absoluto da vontade da grande
maioria dos eleitores. Eu diria até, de todos os eleitores. Dar posse a António
Costa, seja em que circunstãncia for, sem que os eleitores se pronunciem previamente
sobre tal cenário, seria colaborar numa farsa, seria participar numa fraude eleitoral.
Era preferível demitir-se.
Por fim, vêm as coincidências, e
que podem explicar a teimosia de Costa e a traição aos princípios democráticos!
Já passámos por isto aquando do processo da Casa Pia e curiosamente alguns dos
personagens são os mesmos. Aproxima-se a hora da verdade sobre Sócrates. O que
aconteceu à Casa Pia sabemos nós. O que acontecerá à ‘Operação Marquez’ não
sabemos ainda. Mas se Costa chegar ao poder, podemos imaginar.
Saudações monárquicas
Nota: Tem-se falado pouco nos
resultados eleitorais da emigração. Porque será?! A verdade é que traduzem mais
uma derrota estrondosa de António Costa e do Partido Socialista.
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