Mais duro, mais claro que o
habitual Cavaco Silva fez aquilo que tinha que fazer: - indigitar Passos Coelho
para primeiro-ministro de Portugal. E disse aquilo que tinha que dizer: - disse
que desconfia de uma solução governativa inédita, oportunista, e que não foi a
votos.
A dita solução, dizem os seus
promotores, baseia-se num acordo, mas a verdade é que até á data ninguém
conhece esse acordo! Não o conhecem as bases dos respectivos partidos, não o
conheciam os respectivos eleitores! Isso não impede que o referido ‘acordo’
continue a ser ‘noticiado’ e ‘discutido’ por entusiásticos comentadores como se
fosse a pedra de toque, o milagre que há-de salvar o país! Este secretismo, esta
marca leninista, também diz muito sobre o golpe e sobre os golpistas.
Por tudo isto e muito mais, o
presidente da república avisou os portugueses, avisou os deputados,
que não estava disponível para viabilizar uma solução governativa nestas
condições. E fez bem.
Já não ficou tão claro se manterá
o governo de Passos Coelho em regime de gestão no caso de ser rejeitado pela ‘coligação
negativa’ que entretanto se implantou na assembleia da república.
Pela minha parte penso que é a
melhor solução. Porque é aquela que tendo os seus custos devolve a palavra aos
portugueses.
Mas afinal quem tem medo das
eleições?!
Saudações monárquicas
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