Quando a união europeia decidiu manter
a Grécia no euro a qualquer preço, aceitando para tal uma série de estratagemas
pouco democráticos, contraditórios entre si, e que apenas visavam garantir um
novo empréstimo e salvar a face de Tsipras, pode dizer-se que ficou aberta a
porta a todos os oportunismos democráticos e a todos os democratas
oportunistas!
Não é pois de espantar que surjam
agora em Portugal vários candidatos com perfil grego! Ontem eram críticos de
Bruxelas, queriam sair do euro, não queriam pagar aos credores, perderam as
eleições a gritar esses slogans.
Hoje é outro dia, meteram os
chavões na gaveta, os eleitores que se lixem, afinal estão disponíveis para governar,
para viabilizar um governo que lhes mantenha o tacho e o poder.
Parvos é que não são! Sabem que
Bruxelas se já aceitou as cambalhotas de Tsipras também há-de aceitar as
contradições portuguesas. Porque no final ninguém quer sair do euro. Pois se há
tantos refugiados nas fronteiras da Europa a quererem vir para o euro!
Quanto á democracia, essa já saiu
de nós, tal como o euro há-de sair.
Saudações monárquicas
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