Um Bom Natal para todos, muito em especial para os fiéis companheiros de jornada que se habituaram a passar pelo Interregno! Façamos então uma trégua política para que o Príncipe verdadeiro possa nascer em Paz.
quarta-feira, dezembro 24, 2014
segunda-feira, dezembro 22, 2014
O patrão estado e as suas greves!
Os países socialistas proibiam as
greves com o argumento singelo de que se o estado é uma emanação dos
trabalhadores e o patrão de tudo é o estado, não faz sentido fazer greves
contra si próprio. Era assim na união soviética, era assim em toda a Europa de
leste e deve ser assim na Coreia do Norte.
Daqui se conclui que uma greve
contra o patrão estado, como por exemplo a da TAP, só pode ser analisada no
contexto de uma luta (de classes!) para impor um estado socialista. Estado socialista
que ainda não existe, apesar da constituição, mas segundo os seus promotores,
urge estabelecer.
A esta luz, digamos, paradoxal,
talvez se compreendam as greves natalícias e o desprezo dos dirigentes (inter)
sindicais, quer pelos danos causados às próprias empresas, quer à economia em
geral! E isto tanto vale para os transportes, como vale para a saúde ou para o ensino
público.
A cereja no bolo (e a desordem
geral) seria uma greve na polícia, e já agora, um golpe nas forças armadas!
Impossível por enquanto. Enquanto a união europeia não autorizar… nem pagar. Só
por isso.
Saudações monárquicas
domingo, dezembro 21, 2014
A TV do regime
Num país normal a televisão que reflecte as posições do
governo costuma ser a televisão pública. Quando exista. Em Portugal não é assim.
Por uma questão de pudor, digamos, a RTP comporta-se como um baluarte da esquerda, nomeadamente quando esta está na oposição! Provávelmente não se apercebe disso, ou então
apercebe-se e gosta!
Isto que refiro é de fácil prova como venho escrevendo há
muito. Por exemplo, e a propósito de qualquer acontecimento, o tempo de antena
estende-se a todos os grupos com assento parlamentar, na mesma proporção, sem
atender aos resultados eleitorais. E sendo a esquerda composta por inúmeras
vozes, a posição de um governo de direita acaba claramente abafada.
Curiosamente já não é assim com o futebol! Aí, a mentalidade
é diferente e só se fala nos grandes clubes, naqueles que têm mais adeptos!
Enfim, são os critérios da república.
Saudações monárquicas
quarta-feira, dezembro 17, 2014
Não, não podemos!
Não podemos mudar o que quer que
seja, isto é de facto muito pequeno, aqui não existe qualquer oposição, política,
ideológica ou outra. Na hora da verdade aparecem todos juntinhos na fotografia!
E não façam caso dessas guerras diárias, do mata e esfola, porque são afinal
guerrinhas do alecrim e manjerona! Também não vale a pena terçar armas por
ninguém, contra ninguém, porque amanhã descobrimos que são amicíssimos! Desde
longa data! Desde o berço, talvez!
Cesse (enfim) tudo o que a musa
antiga canta que outros valores mais altos se levantam. Pois é, não tinha
percebido, foi o dinheiro para os estádios, dinheiro que foi esvaziando o
erário público… mas que deu votos! Foram possivelmente outras trocas e benesses
que desconhecemos, e são agora os direitos televisivos! O tal tratado de
Tordesilhas regional que justifica tudo! Que fez as pazes entre o norte e o
sul, entre Benfica e Porto! Embora seja já o fundo do tacho, ainda há muito dinheiro em jogo,
e esse é um aspecto que parece não escapar a ninguém. Incluindo, segundo rezam
as crónicas, ao ex-primeiro ministro disto tudo!
Acordei para a realidade, a
república portuguesa só consegue viver em união nacional. Do défice, da
corrupção, do branqueamento, etc. E quando acontece alguma coisa, ninguém sabe
de nada, ninguém é responsável por nada, está tudo inocente. O que acaba por ser
verdade.
Saudações monárquicas
sexta-feira, dezembro 12, 2014
Comissão de inquérito ao regime!
Deslumbrados com o poder inquisitorial que a lei lhes faculta, convictos de que falam em nome dos portugueses, os deputados nem se apercebem de que são eles os verdadeiros inquiridos! Mas já lá vamos. Antes do mais há que reconhecer que as comissões de inquérito seriam úteis e um serviço ao povo português se não fossem aquilo que hoje são - um pretexto para prolongar a luta partidária. É assim que assistimos no caso BES a um facto insólito: - a esquerda quer responsabilizar o Banco de Portugal e o Governo pela falência do Banco, enquanto a direita se preocupa em defender o Governo e o Banco de Portugal, responsabilizando os banqueiros pelo sucedido! Quem um dia fizer a história destes dias ficará por certo muito confuso.
Mas o que interessa aqui registar é o seguinte: - as leis quem as faz são os deputados, deputados que assim bem poderiam moderar o seu furor inquisitório, guardando alguma energia para mudar o regime que pelos vistos não funciona. Poderiam começar por eles próprios, acrescentando, por exemplo, maior legitimidade aos seus mandatos. Os portugueses não os conhecem, não os elegem directamente, em termos práticos estão ali por terem a confiança dos chefes partidários. É curto... e dá nisto.
Saudações monárquicas
quarta-feira, dezembro 10, 2014
O campeonato dos bancos falidos!
Em directo na ARTV, assistimos a um jogo entre dois buracos
financeiros, BES e BESA, um cá, outro em Angola. O de cá, grande accionista da
SAD do Benfica, o de lá, apregoado salvador da SAD do Sporting, e a bola girava
de uma bancada para a outra sem que nenhum dos deputados ousasse interceptar a
jogada!
Dir-se-á que se tratava de poucos milhões quando comparados
com os biliões desaparecidos! Ainda assim não nos esqueçamos que houve muita
gente, nomeadamente pequenos accionistas, que ficaram sem nada!
Mas o que se há-de fazer, o futebol é tabu em Portugal,
ninguém o quer enfrentar, muito menos pôr na ordem. Pão e circo sempre foram os
remédios das ditaduras. Sejam elas 'democráticas' ou não.
Saudações monárquicas
terça-feira, dezembro 09, 2014
O medo da lógica!
Com a serenidade habitual o Duque de Bragança disse há pouco
tempo na televisão uma verdade indesmentível: - os portugueses sofrem da falta
de lógica! São deseducados (desde a escola) nesse sentido e quando perante
todas as evidências se avizinha a conclusão inevitável, fogem e refugiam-se em
argumentos mais do que pueris. No fundo não acreditam na verdade mas naquilo em
que querem acreditar.
Eu tenho a minha opinião que isto não funciona assim por acaso. Mais, acredito, com toda a lógica, que este tipo de
mentalidade interessa sobremaneira aos manipuladores de opinião que vêm
sustentando o regime republicano. Veja-se por exemplo o caso da bandeira dita
nacional e nas patranhas, facílimas de desmontar, que lhe andam associadas! Patranhas
que atravessaram as três repúblicas que já levamos!
Toda a gente sabe e percebe que a cor verde e rubra não tem
nada a ver com a esperança nem com o sangue derramado, mas sim com as cores da
bandeira da carbonária, braço armado da maçonaria que ajudou a implantar a
república. Mesmo assim os portugueses não querem saber disso para nada e
preferem acreditar numa qualquer história da carochinha!
Sintomática também é a perspectiva geral sobre o artigo 288
da constituição que impõe o regime republicano para a eternidade! Um absurdo democrático
que os portugueses aceitam como natural sem se aperceberem sequer (como bem
lembrou o Senhor Dom Duarte) que isso equivale (em termos lógicos) à condenação
de todos os regimes monárquicos! Nem mais nem menos que os regimes dos países mais
democráticos e mais desenvolvidos da Europa! Para não falar do regime que nos fez e estruturou como povo independente!
Mas isto os portugueses não percebem ou têm medo de
perceber!
Saudações monárquicas
segunda-feira, dezembro 01, 2014
Hoje é feriado!
Bom romeiro, tu que percorres os caminhos da verdade, diz-me:
A justiça está a funcionar?
- Ainda não. É certo que mudou o Procurador, agora uma
mulher, é certo que a ministra da justiça quer combater a impunidade, e é
verdade que o Presidente do Supremo não é o mesmo, mas ainda é cedo para a
esperança! Verás isso quando os sucessivos recursos chegarem à Relação.
E as leis, bom romeiro, acreditas nelas?
- Não, não acredito. Até agora visam apenas proteger os
interesses de quem as faz. Estou a falar do poder político e de quem o
controla. O estado português é dos mais garantísticos da Europa, senão do mundo,
e mesmo assim repara no coro de lamentações a favor dos direitos dos arguidos! Se
forem da nomenclatura, claro. Nota bem que o excesso de garantias apenas
favorece os poderosos. Pois são eles que têm os meios para os infindáveis incidentes
e recursos.
Queres então dizer que a badalada separação de poderes não
existe?
- Quero. Podes verificar isso mesmo na existência e
composição do chamado tribunal constitucional! Há juizes nomeados pelos
partidos. Não vale a pena acrescentar mais nada.
Romeiro, será isto o fim do regime? A alvorada da independência?
- Como te disse e repito, ainda é cedo para a esperança!
Saudações monárquicas
domingo, novembro 30, 2014
A república é isto!
O filho do ex-presidente, a filha do ex-deputado, o filho do
magistrado, os filhos na PT, no partido, em todo o lado, uma prole
imensa que desfila no ecrã televisivo e nos faz pensar que os lugares no
estado, nas empresas públicas e semi-públicas, nas autarquias, nas listas
partidárias, provêm da hereditariedade e não do mérito!
Quase que podemos concluir que tal princípio, tão combatido
pelos jacobinos quando se trata do filho do Rei, é afinal prática corrente na
república! A todos os níveis, com o maior despudor, criando e protegendo uma nomenclatura
que vive basicamente dos impostos pagos por todos!
Percebe-se então que não queiram o Rei nem a sua dinastia
para terem enfim muitos reizinhos e muitas dinastias que se perpetuam no poder!
E a malta gosta! Ou se não gosta, fica calada!
Saudações monárquicas
terça-feira, novembro 25, 2014
O testa de ferro
Seria um bom título para um
romance, é um bom título para Sócrates, e a única dúvida que permanece,
e o processo poderá revelar, consiste em saber se é apenas um aventureiro, um mercenário,
ou se tem alguma convicção política para além de uma enorme ambição
pessoal.
Sabemos que começou na juventude social-democrata,
sabemos que se mudou para o outro partido do poder, sabemos que conquistou
prestígio pela teimosia (e autoridade) com que lidou com as populações que não
queriam os aterros sanitários nas suas terras, chegou a primeiro-ministro com
essa aura, e a partir daí, foi afrontando tudo aquilo que se atravessasse à sua
frente. Para isso seleccionou (cuidadosamente) adversários e benesses.
De início, ameaçou as
farmacêuticas, para quem actualmente trabalha, seduziu a comunicação social, sossegou
o velho partido republicano e a maçonaria quanto aos processos judiciais que
envolviam alguns dos seus membros (veja-se a Casa Pia), assim conquistou a
magistratura, fez as leis que o protegiam, fez-se amigo dos banqueiros mais
influentes, dos personagens internacionais mais badalados, abraçou as causas
fracturantes, afrontou a Igreja, deu um ar de modernidade e progresso à sua
governação, tudo parecia correr bem, até que o estado faliu!
Aparentando algumas semelhanças
com os tempos de Afonso Costa, tornou-se ídolo de uns quantos sendo odiado por
outros tantos, foi detido, está em prisão preventiva, o mesmo aconteceu ao
tribuno da primeira república quando já se vislumbrava o seu fim.
Resta adivinhar se terminará (também)
a sua carreira política num exílio dourado em Paris!
Aguardemos.
Saudações monárquicas
terça-feira, novembro 18, 2014
Um canto lusitano
O traço
indispensável
O desenho
rápido
Nem mais nem
menos
A exagerar
para menos
De propósito
As imagens eram
palavras
As palavras
eram imagens
E as
perguntas, messiânicas,
Qual é a
linguagem do pensamento humano?!
O português,
não há engano!
Irrequieto
ou inquieto
Mau ouvinte
Tinha muito
pra dizer
A síntese
faiscante
Mais tarde
lancinante
O génio presente
A busca fremente
Num palco de
ilusões
O tempo era
dele
Sem
contemplações
Ensinou-me e
aprendi
Fui
discípulo, tradutor
Provávelmente
traidor
Viajámos sem
navio
Houvesse
calor ou frio
Zanguei-me,
zangou-se
Não me
lembro do que fosse
Chegada a
hora, partiu
Há-de viver
no meu canto
Neste
recanto que é meu!
João Sousa
Menezes, em 17 de Novembro de 2014
(memória do
tio Álvaro Dentinho)
quarta-feira, novembro 12, 2014
Novo banco accionista encarnado!
Um sermão inútil, ainda assim necessário, eis em todo o seu
esplendor a união soviética portuguesa! Resultado: - aconteça o que acontecer,
vamos continuar a ajudar o Benfica… sem querer! E ninguém se escandaliza, parece coisa normal! Verdade que também ninguém investe! Porque de facto não vale a pena investir num país onde os dados estão viciados à partida! Pois se até um
simples jogo de futebol começa inquinado!
Que fazer, perguntariam nos maus velhos tempos alguns
esquerdistas mais ingénuos?! Pergunta que ficou obviamente sem resposta, esmagada pelo rolo compressor do estalinismo.
Pode haver quem argumente que o antigo BES também era
accionista da SAD do Benfica, coisa natural, acrescentariam, em se tratando de
uma empresa privada. Não é bem assim, pois como se tem visto os bancos não são afinal tão privados como se pensa. O estado não os deixa ir à falência! E ficamos todos nós a pagar o desastre. Por isso podem fazer fazer as loucuras que quiserem incluindo alinhar (sem qualquer pudor) com um (ou mais) competidores de uma modalidade desportiva profissional!
E chegamos à lógica de qualquer accionista: - o que é bom
para o Benfica é bom para o Novo Banco! Mas já verificámos que o que era bom
para o BES (agora Novo Banco) não foi bom para Portugal. Em que ficamos?!
Tem a palavra o governo desta república batoteira, a Liga de
clubes, se é que existe, em última análise algum juiz de fora, em nome da
defesa da concorrência. Em nome da nossa higiene mental.
Saudações azuis
terça-feira, novembro 11, 2014
RTP - a morte assistida!
Se havia dúvidas, foram ontem
dissipadas. De regresso ao canal público de televisão aí estão os chamados ‘temas
fracturantes’, conversa fiada que esconde o plano desenvolvido no consulado de
Sócrates para desviar as atenções do essencial. Tempo de antena precioso para
reunir as hostes, cativar os ingénuos e dividir os adversários. Começou o
assalto ao poder.
Esquecidos estão os tempos da
Casa Pia, branqueados os seus protagonistas, os respectivos encobridores, todos
eles, ou quase todos, hoje, na linha da frente, imaculados! Repete-se assim,
com a maior desvergonha, a mesma receita, o mesmo esquema, desta vez, não tenho
dúvidas, para abafar o escândalo do BES e da PT, empresa que servia para tudo,
inclusivé para dar emprego aos filhos da nomenclatura. Da esquerda à direita,
se é que estas designações têm algum significado neste país especialmente corrupto.
‘Os dados estão lançados’ e pouco
há a fazer pois pelos vistos poucos são os que escapam (ou escaparam) aos
benefícios concedidos, às várias conivências com que o regime republicano compromete
pessoas e bens.
É triste, muito triste.
Saudações monárquicas
sexta-feira, novembro 07, 2014
Aquecimento global
O tempo arrefece mas o que aí vem
prenuncia um ano de muito calor. Calor eleitoral, já se vê, num clima de vale
tudo, incluindo uma frente popular de esquerda. Obviamente capitaneada pelo
Costa de serviço!
E se assim for, repete-se, com as
devidas adaptações, a velha paródia republicana que antecedeu a ditadura.
Desculpem se insisto nesta tecla,
mas pensem um bocadinho: - para contentar toda aquela turba de famintos de
estado, desde os bloquistas desunidos aos socretinos sedentos de vingança, desde
os comunistas espertalhões aos direitinhas invejosos - que aparecem na
televisão a dizer mal do governo - para amamentar tanta gente, que promessas,
que pactos, que conluios, terá Costa de fazer se quiser ganhar as próximas
eleições?!
Eu imagino, deve ser um pacote de
ideias suficientemente vago, suficientemente distante, e insuficientemente
explicado, que garanta o único objectivo que norteia o núcleo activo de
apoiantes – chegar ao poder.
Uma vez lá chegados, cada um tratará
dos seus interesses, e não tardará muito a perceber-se que o dinheiro, afinal, não
chega para tantas encomendas! E das duas, uma: - ou a união europeia alinha
nesta brincadeira e será trágico para a mesma união, ou não alinha e será
trágico para todos nós portugueses.
Pois é, a história até poderia
mudar, mas para que isso acontecesse seria preciso que o homem, o ser humano,
tivesse mudado também. E ele ainda não mudou.
Saudações monárquicas
quinta-feira, outubro 16, 2014
Malefícios do estado socialista
Não, não vou entrar pela ciência política, isto é só um pequeno postal, uma síntese do óbvio, nada que assuste o leitor desprevenido. No entanto... há coisas que escapam, que atraiçoam a memória, que a censura actual não deixa passar. Nem deixa pensar!
Pois bem, um dos piores malefícios do (nosso estado) socialista, uma das consequências mais aterradoras, é a paralisia da sociedade civil. Ela espera tudo do estado e pouco espera de si. A enorme promessa de direitos que a constituição garante, a permanente descoberta de outros, o estado pai, o estado mãe, o estado padrinho, o estado deus, que zela por nós desde a nascença até à morte, aconteça o que acontecer, só pode dar mau resultado! E dá, cria nas pessoas a convicção de que não precisam fazer mais nada a não ser reivindicar!
E o estado socialista, vítima de si próprio, não tem outro remédio senão acorrer a todas as necessidades! E como tal, vai crescendo. Em sentido contrário, a sociedade civil vai minguando! Em termos de capacidade, de iniciativa, de sentido de risco. Sonha com um emprego no estado, emprego seguro, com o patrão ideal, um patrão abstracto, que não incomoda.
Resumindo, o socialismo enfraquece o ânimo e empobrece o espírito. E a nomenclatura agradece.
Saudações monárquicas
segunda-feira, outubro 13, 2014
O estado socialista nunca tem gorduras!
Anda meio mundo a tentar descobrir se o IRS vai baixar umas décimas, umas milésimas, e anda o governo a prometer que sim, que irá baixar no caso da receita fiscal aumentar! Não por via do aumento de impostos, já se vê, mas através de um sistema de compensação relacionado com duas variáveis incertas: - o crescimento económico e a diminuição da evasão fiscal! Duas condições que, isoladamente ou em conjunto, permitiriam tal desiderato! Finalmente sussurra-se que as boas notícias ocorrerão em 2016!
Feito o ponto da situação já veio alguém concluir o óbvio: - que o governo desistiu de fazer qualquer ajustamento pelo lado da despesa. Dito de outra forma, o aparelho de Estado e as suas sucursais não conseguem gastar menos do que actualmente gastam!
Nem poderia ser de outra forma conforme já repetidamente afirmei. E pela simples razão de que um estado socialista, como o nosso, com uma constituição que o entroniza, quer sempre mais estado e nunca menos estado. Sendo assim a respectiva despesa não vai parar de crescer. E de facto tem crescido, apesar da tróica! O problema tem sido apenas mascarado.
Daqui haveremos de sair de mal a pior. Tanto mais que é bem possível que o próximo governo ainda seja mais socialista do que este. Mais estado, mais despesa, mais impostos. O ciclo é este... até que a união europeia se desfaça. Depois... adivinhem!
Saudações monárquicas
quinta-feira, outubro 02, 2014
Adesivos ao ataque!
Antigamente os jornais eram todos
do regime. Ou quase todos. Veio o 25 de Abril e após alguma confusão inicial, a
situação agravou-se. Agora são todos do regime! E hão-de
perguntar: - mas afinal como é que de distingue um jornal do regime?! Muito simples:
- aplica-se a regra da peneira e no fim analisamos os pedregulhos que lá ficam.
E, eureka, são sempre os mesmos!
Lá está um enorme pedregulho de
esquerda, com o seu 25 de Abril, intocável, com a sua constituição, intocável, com
a inevitabilidade republicana, inamovível. Unanimidade geral, e aqui vale a
pena fazer um paralelo com a segunda república. Nesta dizia-se que a ‘Pátria
não se discute’; agora é a república que não se discute!
Aliás basta ler ou ouvir os vários
comentadores oficiais (ou oficiosos) para percebermos isso. Há um pacto de
silêncio sobre este e outros assuntos. Mais, se (aparentemente) discordam ou se
insultam, é por razões tácticas. É para ganhar posição e não perder o comboio.
Acima de tudo querem conquistar a afeição do próximo César!
Um exemplo elucidativo: - reparem
como os adesivos se recolocam e já dão como certa a eleição do Costa para primeiro-ministro!
Muita fome e pouca coluna… vertebral.
Saudações monárquicas
quinta-feira, setembro 25, 2014
‘Um país de costas’!
A frase tem dono, foi escrita por
Fernando Pessoa quando quis definir um país onde ‘ilustres’ Costas pontificavam.
Pontificavam e pontificaram ao ponto de darem com ele de pantanas. De costas, à
revelia de todos os princípios constitutivos da nacionalidade, à revelia da sua
história!
Na altura o ídolo era um tal
Afonso Costa! Chefe do partido democrático, jacobino dos quatro costados,
primeiro-ministro de inúmeros governos da primeira república (recorde-se que ao
tempo os governos eram como as cerejas), tinha como principal objectivo eliminar,
extinguir, a religião católica em Portugal. Dizia ele que isso aconteceria em duas gerações. Curiosamente, acabou por ser varrido da cena
política por um Costa, no caso o general Gomes da Costa, em 28 de Maio de 1926.
Mas os outros ‘Costas’ a que o
poeta se referia também tinham um curriculum impressionante: - um deles seria o
Costa regicida, companheiro do Buiça, e que participou no assassinato do Rei
Dom Carlos e do seu filho primogénito, o príncipe real Luís Filipe; o outro era
o Júlio Costa, assassino confesso de Sidónio Pais na estação do Rossio.
Portanto, sobre Costas,
julgávamos nós que já tínhamos a nossa dose! Mas não. No horizonte perfila-se um
novo Costa que ao que sabemos comunga (em alto grau) do ideário republicano. Eu
bem sei que os tempos são outros, também sei que é difícil destruir mais o que
quer que seja, o país já nem de costas está, não tem posição! De qualquer modo,
todo o cuidado é pouco.
Saudações monárquicas
Nota: Por coincidência ou talvez
não, anuncia-se a criação de um novo partido, o ‘partido democrático
republicano’! Um nome elucidativo. Seu fundador, o incontornável Marinho Pinto,
mais um ‘jacobino dos quatro costados’! Uma praga.
quarta-feira, setembro 24, 2014
Que diferença nos faz!
O regime inviável, bloqueado, distrai agora os portugueses com eleições no PS! Que pachorra! Primárias, dizem-nos, coisa importantíssima para o nosso futuro, avisam-nos, e obrigam-nos, sem querer a ter que ponderar, escolher (nem que seja para nos deixarem em paz) qual dos dois sujeitos dará um melhor primeiro-ministro! Se conseguir vencer Passos Coelho, obviamente. Mas é a pergunta inevitável, na conversa banal, logo a seguir ao problema do seleccionador de futebol!
Às vezes não respondo, replico que não sou socialista, eles que se entendam. Mas já me vi na contingência, forçado pelo interlocutor, a optar, imaginem pelo Seguro, que sempre considerei uma autêntica nulidade! E fico a pensar que bom seria termos na ementa outros pratos, sabores decentes, já nem peço muito, um bom bife com batatas fritas. E um ovo a cavalo. Custa assim tanto!
Às vezes não respondo, replico que não sou socialista, eles que se entendam. Mas já me vi na contingência, forçado pelo interlocutor, a optar, imaginem pelo Seguro, que sempre considerei uma autêntica nulidade! E fico a pensar que bom seria termos na ementa outros pratos, sabores decentes, já nem peço muito, um bom bife com batatas fritas. E um ovo a cavalo. Custa assim tanto!
Saudações monárquicas
sábado, setembro 06, 2014
A tentação ocidental!
Todos os pretextos são bons para atacar a Rússia!
Senão vejamos: - 'Roma', vingativa como é, não quer perder a oportunidade de esmagar definitivamente o antigo inimigo soviético. Então agora que lhe foi dado um pretexto (ou alguém o forjou) para rearmar as suas legiões! E já sabe que pode contar sempre com o fiel aliado britânico.
Do outro lado do canal, o gaulês megalómano, de uma maneira geral jacobino, condena a Rússia mas está mais interessado em retomar a agenda napoleónica! Aquela lenga-lenga da constituição única, do exército europeu, quiçá comandado por um corso! Uma ideia que o nosso Mário Soares tanto aprecia!
E dos exércitos que contam falta falar de Germanicus, o mais prudente de todos. Aparentemente terá renunciado à febre do euro mantendo bem aberta a torneira do gaz.
Quanto aos restantes países da união, a graduação condenatória obedece a três parâmetros fundamentais: - se são repúblicas que pertenceram à extinta união soviética, a condenação é feroz; se estão perto e dependem da energia russa, a condenação é suave; se estão longe, como Portugal, não pensam e comportam-se como serviçais do Tio Sam. De qualquer maneira não estou a ver ninguém com grande vontade de participar numa guerra púnica contra tão poderoso adversário. Ainda por cima na imensidão das estepes geladas.
Mas nada disto invalida a realidade. E a realidade é que temos ali um problema bicudo. Para o resolver talvez não fosse mau ( e bom para todos) respeitar um pouco (mais) a segurança interna da Rússia, quer em termos de euro, quer em termos de NATO. Em suma, evitar provocações, e avivar a memória. Estou-me a lembrar da crise dos mísseis em Cuba que quase fez rebentar uma guerra nuclear.
Saudações monárquicas
sexta-feira, setembro 05, 2014
Telenovelas!
Dei por mim no ‘Caminho das Índias’, uma realização da Globo,
caminho que bem podia ser nosso se tivéssemos mais imaginação e menos complexos!
Mudei para os canais portugueses, nada de jeito, acabamos sempre na selecção! Até
que um pivô, relativamente excitado, interrompeu o importante treino de Óbidos,
para nos dar conta da próxima telenovela lusitana!
‘Face Oculta’ é o seu nome e
segundo julguei perceber, promete grandes audiências. Para já foram
sentenciadas prisões efectivas, o que não sendo novidade, garante o necessário
suspense. Mas não vi algemas e toda aquela gente saiu do tribunal com um ar
aparentemente tranquilo. Vão recorrer, claro, até às últimas instâncias e nós
sabemos o que costuma acontecer nas últimas instâncias! Entretanto já terá
havido eleições, o governo bem poderá ser outro, e sendo assim o desfecho
torna-se mais previsível. O que é pena… tratando-se de telenovelas.
Saudações monárquicas
quinta-feira, setembro 04, 2014
Um filho de Abril!
João Miguel Tavares, articulista do Público, tem uma característica que começa a despontar por aí, seja por mera táctica, seja por mera incoerência: - ‘uma no cravo, outra na ferradura’. Dito de outra forma - por um lado querem destacar-se da vulgaridade da esquerda, mas por outro têm vergonha (ou medo) de parecer de direita! Beneficiam assim de um
estatuto dúbio, despertam a curiosidade, ampliam o número de leitores até ao momento em que... se revelam e passamos a conhecê-los melhor. No caso de JMT surgiu agora esse momento.
O assunto não terá a gravidade do défice, nem da guerra que
paira sobre a Europa, mas para mim é importante: - tem a ver com símbolos coloniais! Símbolos que
subsistem por toda a parte, que fazem parte da nossa história, que são a nossa
história. Ora acontece que alguns desses símbolos também existem num jardim de
Belém! Mais própriamente naquele que é fronteiro aos Jerónimos. São alguns
brasões de armas do Portugal antigo, do Portugal longínquo, que hoje já não administramos,
mas que obviamente guardamos na memória.
Ora bem, quem não tem respeito pela memória parece ser a vegetação (no caso, um bucho) que por ali prolifera e que, sem querer, os vai suplantando e escondendo. Até aqui, nada de mais. O problema só surge quando ficámos a saber que os actuais vereadores da CML (pelouro da cultura) se aliaram ao bucho... mas querem ir mais longe. Querem eliminar os tais brasões!
Ora bem, quem não tem respeito pela memória parece ser a vegetação (no caso, um bucho) que por ali prolifera e que, sem querer, os vai suplantando e escondendo. Até aqui, nada de mais. O problema só surge quando ficámos a saber que os actuais vereadores da CML (pelouro da cultura) se aliaram ao bucho... mas querem ir mais longe. Querem eliminar os tais brasões!
E é aqui que entra o articulista do Público, que se não
aplaude a proposta camarária, parece! Convoca inclusivé Salazar como exemplo para
uma boa vingança! Para um bom ‘apagão’! Enquanto continua a insistir que apagar 'os maus da fita' (pelo menos os que 'ele' considera maus) não é apagar a história. Deve ser, presumo, lavar a história!
Enfim, mais uma desilusão.
Saudações monárquicas
quarta-feira, agosto 27, 2014
BES, Benfica, Sporting, etc…
No silêncio comprometido, e estão quase todos comprometidos (os
milhões de adeptos idem), levanta-se agora a ponta de um dos véus e ficamos a
saber o que já sabíamos: - entre muitas dívidas e poucas dúvidas andamos a
pagar as loucuras da bola, a infantilidade dos nossos ‘grandes líderes’
(leia-se governo, presidente da república, assembleia da mesma e tribunais) especialmente
coniventes no sustento do insustentável, na propaganda através do futebol, na
manutenção de privilégios aos ‘clubes do estado’, síndroma soviético de que não
nos conseguimos libertar! Suspeitos do costume: - Benfica e Sporting.
Por isso nada de protestos quanto ao aumento de impostos,
quanto à redução dos salários, quanto ao corte das pensões, pois não se pode
ter tudo. Logo há que fazer uma escolha: - se querem continuar a dar o dinheiro
da troica ao Benfica e Sporting (e prosseguir a política de ‘pão e circo’),
tudo bem, agora não me castiguem a mim que sou (só) do Belenenses!
Saudações monárquicas
segunda-feira, agosto 25, 2014
Selfies
Estás em 2014
No tempo da parvoíce
Ainda antes do Outono
Quando os cães perdem o dono
Há selfies por todo o lado
E banhos de duche gelado
As causas podem ser boas
Mas se não escondes a mão
O que dás não é cristão!
É o mundo a ver-se ao espelho
A gostar do seu umbigo
Muito joio pouco trigo
Basta clicar no botão
(ou dar na televisão)
(ou dar na televisão)
Um retrato do planeta
Sinto muito meu amigo...
Estás com cara de pateta!
segunda-feira, agosto 11, 2014
Mudar de postal!
É espantoso como não consigo mudar de postal! Escrever sobre
qualquer coisa de novo que tenha acontecido! É espantoso, mas é verdade! Senão vejamos:
Nos Estados Unidos os programas noticiosos, incluindo os
humorísticos, continuam obcecados com o Putin! Alguém que lhes faz frente.
Noutro quadrante, Obama esforça-se, mas não consegue condenar o massacre israelita na faixa de Gaza! Não se pode dizer holocausto porque a vida dos palestinianos não conta.
Por cá o nacional-benfiquismo campeia em todas as áreas e ainda ninguém conseguiu fazer a ligação entre a fraudulência bancária, o futebol e as empresas públicas! Estava a pensar na PT. Aliás, o ataque ao banqueiro tem sido cuidadoso não vá ele atingir alguma das nossas preciosas ovelhas! Ou o rebanho inteiro, o que seria uma maçada.
Noutro quadrante, Obama esforça-se, mas não consegue condenar o massacre israelita na faixa de Gaza! Não se pode dizer holocausto porque a vida dos palestinianos não conta.
Por cá o nacional-benfiquismo campeia em todas as áreas e ainda ninguém conseguiu fazer a ligação entre a fraudulência bancária, o futebol e as empresas públicas! Estava a pensar na PT. Aliás, o ataque ao banqueiro tem sido cuidadoso não vá ele atingir alguma das nossas preciosas ovelhas! Ou o rebanho inteiro, o que seria uma maçada.
Portanto a única verdadeira notícia são as minhas obras de canalização e esgotos. Que estão perto do fim! Será que merecem um postal?!
Saudações monárquicas
quinta-feira, julho 24, 2014
Gulosos
Estou em obras, canos, esgotos, obra triste e feia, sem brilho, com muito pó, mas oportunidade única para não ler jornais, nem abrir a televisão.Oiço apenas alguns sound bites a que nem ligo. Mas se quisesse fazer a ligação seria uma coisa deste género: - Putin é o lobo mau de uma história americana. Um grave acidente aéreo numa zona de conflito abre todos os noticiários deixando na penumbra o massacre israelita na faixa de Gaza. A taça de honra da associação de futebol de Lisboa foi transmitida em exclusivo pelo canal Benfica e só a muito custo consegui saber o resultado dos jogos em que interveio o Belenenses No meio da confusão prenderam um banqueiro conhecido. Enfim, foi o que me ficou no ouvido. E assim, de repente, acho que todas estas notícias (acontecimentos) se relacionam. Mas o melhor é voltar às obras... que nunca mais acabam.
Saudações monárquicas
segunda-feira, julho 07, 2014
Eu vi, mas não publiquei…
Já ninguém refila, estão todos de acordo, no limite a questão
resume-se a comparar benesses atribuídas a cada uma das capelinhas
republicanas! Como sucedeu agora com a incrível intervenção do estado nos
chamados bancos privados! BES, pois claro.
Escrevi em tempos um pequeno postal que acabei por não
publicar. Ao lê-lo, hoje, reparo que nada mudou, e que tudo piorou!
“A Constituição e os
filhotes” era o título. Rezava assim:
A tróica esforçou-se, o plano parece bom, e ao que tudo indica vai ser
assinado pelos partidos políticos do arco governamental. Depois haverá eleições
e neste capítulo também não deve haver novidade - hão-de ganhar todos, se Deus
quiser. O pior vem a seguir, digo eu.
Vou explicar os meus receios: - Quem manda em Portugal e tem impedido
que as reformas estruturais cheguem a bom termo são outros poderes, poderes
mais ou menos ocultos, mais ou menos corporativos, a que por facilidade de
expressão vou chamar ‘os partidos do estado’. São eles que decidem o leilão
eleitoral, umas vezes a favor do PS, outras vezes a favor do PSD, consoante
quem dá mais!
Exemplos de ‘partidos de estado’: – o partido da saúde pública (inclui
o partido das farmácias), o partido da educação pública (inclui a propaganda de
esquerda), o partido das empresas públicas, (são tantas), das semi-públicas, (outras
tantas), o partido das obras públicas, (inclui o trânsito entre o cadeirão do
ministério e o cadeirão das grandes construtoras), o partido da justiça, (inclui
a prescrição de processos incómodos), o partido autárquico, (inclui rotundas,
estádios, e empresas municipais), e ainda, é bom não esquecer, o partido dos
compadres, dos banqueiros amigos, do centenário da república, etc., e quanto a
partidos de estado é melhor ficar por aqui.
Saudações monárquicas
quinta-feira, julho 03, 2014
As contas que ninguém quer fazer
É tabu do regime. Quantos funcionários públicos (ou
equiparados) existem?! Qual a proporção dos mesmos em relação à população em
geral?! Qual a comparação que podemos fazer com outros países da união europeia?!
Tendo em conta, nomeadamente, a nossa capacidade para suportar essa despesa,
paga como sabemos pelos impostos de todos os portugueses!
Tudo perguntas incómodas que ninguém quer responder ou
sequer abordar!
Por exemplo, corre por aí a informação que temos 238
generais na folha de vencimentos! Será verdade?! A mesma fonte indica que a
Espanha tem apenas 28! A França 55 e a Alemanha 189! Perguntamos de novo, será verdade?!
Relembremos entretanto que a guerra de África acabou há quarenta anos!
E o que se passa com os professores! Será que vamos continuar
a sustentar uma instrução pública improdutiva, ideológicamente marcada, e financeiramente insustentável?!
E os funcionários da Saúde?! E da Segurança Social?! Será que
temos dinheiro para alimentar esse estendal interminável?!
Já nem falo dos juízes, que se movem na obscuridade das
leis, dos deputados e governantes, que fabricam a teia legal que os protege, ou da rede de funcionários e empresas autárquicas!
São estas as verdadeiras gorduras do estado, que ninguém
quer combater porque todos, ou quase todos, vivem delas.
Conclusão: - no início do século XXI persiste na Europa um
pequeno país ‘soviético’, com uma economia de mercado a fingir, completamente dependente
do estado, desde a ideologia ao futebol.
E viva a república.
Saudações monárquicas
quarta-feira, junho 25, 2014
Estar (ou não estar) á altura
Renunciar à herança, ceder, mudar para parecer, ou
simplesmente mudar por não perceber, são atitudes que não qualificam ninguém.
Dizem-me que Filipe VI (bastante alto, por sinal) não quis seguir a tradição, leia-se,
o saber acumulado por gerações, o património que os seus antepassados preservaram
a muito custo. É mau sinal. Se pensa que o homem, por mais poderoso que seja, e
não é o caso, pode zombar da tradição, está redondamente enganado. Muitos o
fizeram antes dele, e deles não reza a história. Amanhã ou depois, numa curva
da estrada, num momento inesperado, todos esses delírios de grandeza ruirão
fragorosamente.
É uma lei inexorável, que se aplica a tudo, menos á
humildade, menos à coragem de aceitar aquilo que recebemos por herança.
Meia herança não chega.
Saudações monárquicas
segunda-feira, junho 16, 2014
Fardo demasiado pesado
Não é fácil carregar aos ombros a orfandade de dez milhões de pessoas! Dez milhões de deserdados cuja herança se resume a uma selecção de futebol! Dez jogadores comandados por um génio obrigado a fazer milagres em todos os jogos! Depois, para piorar a situação, existem à volta da selecção uma infinidade de interesses, uns mais legítimos que os outros, mas que todos juntos ainda tornam mais difícil, e mais pesado, aquele fardo. Falemos um pouco disto tudo:
Sobre a orfandade, já falámos - perdida a identidade com o assassinato do rei, sem remorso, e perdida a com-propriedade com a perda do império, com fortes sinais de cobardia e traição, pouco temos em comum, para além da língua, que aliás estamos em vias de hipotecar.
Sobre os símbolos - a bandeira verde e encarnada e o hino das brumas da memória - são símbolos de um regime, não são símbolos de Portugal. Portugal é maior e mais antigo que a republica maçónica portuguesa. A população, intoxicada com a propaganda, não percebe e, ingénuamente, consome tudo o que lhe impingem. E o futebol, desporto de massas, é o palco ideal para essa mesma propaganda. Por isso não me espanta, quer o endeusamento dos jogadores, quer a comemoração esquizofrénica das derrotas! Como se de vitórias se tratassem!!!
Portanto, a coisa não está fácil. O único conselho que me atrevo a dar é o seguinte: vejam o futebol, mas aquilo é só futebol. E no futebol, a Alemanha é sempre a Alemanha. Mesmo na Baía onde chegámos há quinhentos anos!
Saudações monárquicas
sexta-feira, junho 06, 2014
O fim do princípio
Li a crónica de VPV (o princípio do fim) e concordo com o
título, se for ao contrário: - o fim do princípio. Ou seja, o fim do princípio
em que assenta toda esta caranguejola constitucional. Assim mesmo.
VPV (Vasco Pulido Valente) centra-se como sempre no século XIX, único século que
admite e conhece, e a partir daí engana-se porque afunila as questões. Fala
das árvores mas não repara na floresta que entretanto cresceu! Cresceu e dá
sombra a muita gente! Incluindo VPV.
Liberdade, igualdade e fraternidade, eis
os cânones da religião que infesta a terra, e que tem em Portugal inúmeros
fiéis. Curioso é que muitos daqueles que protestam, e são explorados pela
situação, sem perceberem, continuam a aclamar aqueles princípios!
Já nem falo no TC, onde abundam os sacerdotes da dita religião,
nem no PC, leia-se Passos Coelho, seu aparente adversário, mas que inexplicávelmente recuou no intuito inicial de rever a constituição! Falo dessa gente ignara, que se acha igual aos de cima mas diferente dos de baixo, que quer a liberdade sem limites mesmo que isso implique a privação dos outros e quanto a fraternidade estamos conversados. Só se for para gritar em uníssono os golos da selecção!
Mas voltando um pouco atrás, pergunto, porque terá Passos Coelho recuado na intenção de rever a constituição?! A razão invocada não nos diz nada: - 'o PS nunca estaria de acordo'.
Pois bem, sendo assim, a conclusão é simples: - a paralisia constitucional não se deve a razões económicas, de justiça social ou outras que caibam na inteligência ou no bem comum dos portugueses. Somos irreformáveis, muito simplesmente, para não ofender a religião que o velho partido republicano professa. Partido esse que nunca morreu, está bem vivo por detrás da partidocracia que nos subjuga.
Mas voltando um pouco atrás, pergunto, porque terá Passos Coelho recuado na intenção de rever a constituição?! A razão invocada não nos diz nada: - 'o PS nunca estaria de acordo'.
Pois bem, sendo assim, a conclusão é simples: - a paralisia constitucional não se deve a razões económicas, de justiça social ou outras que caibam na inteligência ou no bem comum dos portugueses. Somos irreformáveis, muito simplesmente, para não ofender a religião que o velho partido republicano professa. Partido esse que nunca morreu, está bem vivo por detrás da partidocracia que nos subjuga.
Por isso hão-de subir os impostos, até ao limite, há-de
empobrecer o país até à exaustão, para manter intocável a ideia de que o Estado, é o deus que temos que adorar e sustentar! Tenha a dimensão que tiver, tenha o peso que tiver, porque isso de peso e dimensão, em se tratando de um deus, só a ele cabe decidir!
Até rebentarmos de vez... ou enterrarmos de vez aquela
trindade.
Saudações monárquicas
terça-feira, junho 03, 2014
A república das bananas comenta a monarquia espanhola!
Incapazes de engolir a supremacia espanhola, em todos os
domínios, supremacia que tem na expansão da língua castelhana o seu melhor barómetro, os
portuguesinhos da silva, da comunicação social, etc., fazem tudo para apoucar o
regime que 'nuestros hermanos' mantém! O pretexto foi a recente abdicação do rei
Juan Carlos.
Mais, não querem perceber que partindo ambos os países de
uma ditadura, onde em muitos aspectos estavam em pé de igualdade, bastou que a
Espanha restabelecesse a monarquia plena (relembremos que Franco soube manter
essa possibilidade!), bastou isso, dizia, para que o fosso se abrisse, e não
mais parasse de se aprofundar!
E a pergunta é: - onde estaríamos nós, se por um acto de
inteligência e humildade, regressássemos ao regime que nos deu grandeza e
glória?! Pior do que estamos, (intervencionados, subsídio dependentes) não
estaríamos com certeza.
Outra pergunta: - e qual é o nosso futuro?! Que cimento nos
une?! Quem nos mobiliza?! O hino das brumas da memória?! A selecção?! O
Ronaldo?!
Portanto, caros comentadores, ‘porque não se calam?!’
Saudações monárquicas
segunda-feira, junho 02, 2014
Alienação em alto grau
A vida quanto mais pobre, mais medíocre, menos vida, gera
sempre deslocações de interesses, actos falhados, fugas à realidade, e todo um
cardápio de reacções humanas, legítimas sem dúvida, até certo ponto compreensivas,
isso está estudado, a ciência conhece, o observador comum repara... mas o que é demais, é demais.
Já perceberam que estou a referir-me ao manifesto exagero que
rodeia a chamada… ‘selecção’! Pus entre aspas porque a própria designação me
arrepia! Assusta-me!
Fico com a sensação que só temos isto para nos agarrar, para
nos justificar como povo, como nação, como Pátria! Pior ainda, se calhar é
verdade!
Eu bem sei que há muito dinheiro em jogo, muita gente a
ganhar com a seleção, e sendo assim, não será ‘assim’ tão importante do ponto
de vista cultural, mas mesmo ‘assim’…
De manhã à noite, a selecção está no hotel, sai do hotel,
vai fazer um treino, o país desloca-se, a TV desloca-se, o Ronaldo constipa-se,
o governo espirra, a presidência tosse, os canais disponíveis (todos) discutem
em mesa redonda, como sair desta constipação! E a dita selecção ainda nem
sequer partiu para o Brasil! Entretanto, vigiam-se os aeroportos, as brigadas
de trânsito multiplicam-se, os batedores seguem-nos, os repórteres, sempre os
repórteres, por todo o lado…
É certo que eu podia desligar a televisão, é o que quase sempre faço. Acontece que às vezes também me apetece ver um bocado de futebol! Mas é precisamente isso que
não acontece! Futebol jogado, não. Só conversado. Quando muito um treino a
fingir contra a Grécia, com bilhetes pagos e enchente. E a malta vai nisso e
paga! E gosta! Não há nada a fazer. Dizem-me que no resto do (terceiro) mundo
também é assim…
Saudações desportivas
Nota: Antigamente éramos conhecidos pela pátria dos três 'efes'. Agora, é só um ‘F’ grande, descomunal ao pé dos outros dois.
segunda-feira, maio 26, 2014
As eleições Marinho!
Antes do mais vamos situar-mo-nos: estamos num país onde não existe um único partido politico que advogue a saída da união europeia! Um caso único que diz tudo sobre a população do respectivo. Mesmo aqueles partidos, como o partido comunista, que era contra a entrada na união europeia, ou o CDS, que tinha alguns tiques de euro-cepticismo, já ninguém quer sair de lá. Nesse como noutros aspectos continua a vigorar a união nacional. Se fosse possível arranjar um nome ou um apelido para nos identificar na Europa eu propunha o título de 'euro-dependentes'.
Nestas circunstâncias, perante umas eleições completamente inúteis do ponto de vista europeu, a única coisa que os escassos eleitores podiam fazer seria, em primeiro lugar esquecer os partidos, e em seguida procurar uma figura mais ou menos mediática em quem votar. Foi o que fizeram. Uns votaram no Marinho e outros votaram no dissidente do Bloco.
Portanto para analisar estas eleições basta analisar os personagens. Dispenso-me de comentar o 'livre' do Bloco de Esquerda - detesto o sujeito, detesto o seu europeísmo, detesto tudo aquilo que ele representa, e pelos vistos os votos que teve a mais correspondem exactamente aos votos que o seu ex-partido teve a menos. Ainda bem.
Já Marinho Pinto merece algumas linhas. Não porque o aprecie, não aprecio e já aqui escrevi diversas 'catilinárias' contra ele - a propósito das suas intervenções aquando do processo da Casa Pia, sempre a defender a inocência dos correlegionários, a propósito do seu jacobinismo, e eu detesto os jacobinos tanto como eles detestam os monárquicos, etc. etc. Mas também já o elogiei quando fez frente, em nome da decência, a uma conhecida 'chefe de fila das causas fracturantes'. Portanto, nada a opor à eleição. A não ser a leve sensação de que o MPT fez de barriga de aluguer de alguém que também não quer saber da Europa para nada e que almeja mais alto. Não acho isso bonito.
E termino com uma pergunta: - e se o Marinho Pinto, em vez de ser de esquerda, fosse de direita, acham que a comunicação social o tratava com a mesma compreensão?! Ou já andava toda a gente a gritar que o homem era um perigo para a democracia, um fascista, e outras coisas piores?!
É só para pensar.
Saudações monárquicas
sexta-feira, maio 23, 2014
A minha união europeia
A Europa, para mim, e julgo que para mais alguns, não é um
conceito geográfico, aliás só começámos a falar de Europa quando ela deixou de
o ser. Explico: - para não irmos mais atrás, por exemplo, na vigência do
império romano, a europa era uma palavra inútil, que não tinha significado. Só
passou a existir e a ter conteúdo quando ficou associada a um espaço onde
vigoravam determinados valores. Foram esses valores que lhe deram sentido e
unidade. Mas são precisamente esses valores que estão em profunda crise no momento
actual. E sem esses valores não vale a pena falar em Europa, e muito
menos em união europeia. Os valores, que todos conhecem, embora muitos os
recusem, são os valores da cristandade. Ou seja, falar em Europa sem falar em
cristianismo, pior, negando os seus princípios, é uma perversão que só serve
para confundir os espíritos fracos.
Dito isto, concluímos que o chamado projecto europeu,
consubstanciado na actual união europeia, é um embuste, pois no seu cerne
existe a vontade de eliminar o cristianismo. Eliminar o cristianismo dos
códigos e das leis, da vida e da cultura, para no fim o substituir por uma
religião laica, republicana e socialista. E ponto final.
Portanto, se quisermos construir uma verdadeira união
europeia teremos de procurar alianças com quem partilhe os mesmos valores. E se
tiver que ser com povos e nações a quem ensinámos aquilo que, infelizmente, já nos
esquecemos, não há qualquer problema. Faremos uma europa fora da europa e uma
união europeia que seja, de facto, uma união.
Saudações monárquicas
quinta-feira, maio 22, 2014
Europeu, mas pouco
Estava a faltar uma palavrinha sobre as eleições europeias, acontecimento, imagino eu, que num futuro próximo fará rir os vindouros. Então no caso português, a matéria tem mais a ver com pinóquios e mentiras do que com outra coisa.
Assim, e para memória futura (pode ser que os vindouros leiam esta página!) vamos lá reafirmar duas ou três verdades que andam por aí silenciadas para que se continue a desconversar sobre economia e finanças!
Diga-se então alto e bom som que nós aderimos quer à união europeia, quer posteriormente ao euro, por razões exclusivamente políticas. Nunca foi por razões económicas ou financeiras. Portanto, repito, parem de falar em dinheiro. Porque se tivesse sido por razões puramente materiais, a ideia luminosa não teria passado disso mesmo, uma ideia luminosa. De facto não cabe na cabeça de pessoas adultas pensar que se pode viver permanentemente à conta dos outros ou então que ao fim de tantos séculos tínhamos finalmente chegado ao paraíso terreal, onde deixavam de existir países ricos e países pobres! Éramos todos ricos!
Mas descansem que não foi nada disso que aconteceu. O paraíso não é aqui.
A história há-de um dia revelar que as colónias serviram de moeda de troca para podermos participar no tal projecto europeu, sonho napoleónico que a nossa jacobinagem, com Mário Soares à cabeça, tanto acalenta! Isto apesar dos revezes entretanto sofridos - constituição europeia chumbada, etc, etc.
Na subsequente adesão ao euro também pesaram os argumentos políticos, numa táctica de pequenos avanços, de factos consumados, à revelia da vontade dos povos que compõem as diversas nações europeias. Os portugueses que o digam. A gente a ver que aquilo era tudo uma fantasia, a gente a querer referendos e os comissários e os burocratas a dizerem para termos juízo porque senão vinha aí o fim do mundo!
Resumindo e concluindo, chega de lamuria contra os mercados, contra as troicas, por este caminho, inevitáveis e duradouras, chega de conversa sobre economês. Quem nos meteu nesta aventura europeia, contrariando aliás o sentido da nossa visão histórica, ou seja, dos nossos interesses estratégicos, sabia muito bem o que estava a fazer. E sabe muito bem para onde quer ir. Portanto, peçam-lhes responsabilidades. Obriguem os políticos a definirem-se. Obriguem os políticos a discutirem uma alternativa fora desta união europeia. Porque esta união europeia (ao melhor estilo napoleónico/soviético) não nos interessa.
Saudações monárquicas
quinta-feira, maio 15, 2014
Um dia mais agradável…
Mesmo com a gripe a afectar-me, atendi várias mensagens e telefonemas, de amigos obviamente, um
deles, sevilhano, mas adepto do Bétis, estava seriamente revoltado com os portugueses por não o
terem poupado a mais uma festa dos rivais, infernal como de costume. Expliquei-lhe
que compreendia perfeitamente o seu drama mas pedi-lhe que compreendesse o meu, farto de nacional benfiquismo até à ponta dos cabelos. É claro que também
recebi mensagens de regozijo, de solidariedade, especialmente por este
intervalo de silêncio (e paz) em que amanhecemos. Refira-se que um desses
telefonemas veio do próprio Marquez, que não sendo meu amigo, achou por bem
desabafar! Com efeito pode hoje passear tranquilamente pelo Parque, e pastorear o
seu leãozinho sem o perigo de ser surpreendido pelas mais recentes invasões napoleónicas. Porque nisto de símbolos, a águia não engana!
Já a minha colega de trabalho, Rute de seu nome e belenense como eu, descaiu-se com um lamento vagamente caritativo: - coitados, estou com pena deles! Respondi-lhe de imediato: - Rute, atenção, são tantos que não podem ser coitados. Ela, felizmente, percebeu.
Já a minha colega de trabalho, Rute de seu nome e belenense como eu, descaiu-se com um lamento vagamente caritativo: - coitados, estou com pena deles! Respondi-lhe de imediato: - Rute, atenção, são tantos que não podem ser coitados. Ela, felizmente, percebeu.
De quem tenho realmente pena é do Jesus pois assim já não se
vai embora! E se não se vai embora continuará a ser uma mina para o Benfica,
qual Midas que transforma em oiro qualquer jogador vulgar.
Mas pronto, há que desfrutar até domingo, pois não acredito
que o Rio Ave possa prolongar este oásis. Não se pode ter tudo. Até porque cá, é a terra dos penalties a favor dos grandes.
Saudações desportivas
quarta-feira, abril 30, 2014
Dia do funcionário e do desempregado!
O primeiro de Maio inscreve-se na luta de classes tal como o
sindicalismo e demais conquistas do socialismo triunfante. O tempo, porém, grande juiz, encarregou-se de desfazer quer a história oficial,
quer a mitologia a ela associada. Parece até que voltámos ao princípio, antes
das proclamadas revoluções industriais, que fomos obrigados a estudar como se o
homem, o ser humano, tivesse nascido por aquela altura! Como se a revolução, a liberdade, o
progresso, etc., fossem verdades inabaláveis! Neste passo, não faltarão gritos
e desmaios, esgares ameaçadores pelo desrespeito, pela ignorância, pela luta de
tantos trabalhadores, para chegarmos afinal ao ponto a que chegámos, ao preciso
momento em que escrevo estas linhas!
A conclusão óbvia é que ninguém quer ser patrão, muito em
especial aqueles que se manifestam contra os ditos. Se por sorte ou azar lhes
saísse o euro milhões podemos estar certos que a última coisa que lhes passaria
pela cabeça seria fazer uma empresa! Aliás, para o pessoal que amanhã vai encher as ruas (e aparecer na televisão) a palavra 'empresa' quer dizer ’empresa pública’, de
preferência não lucrativa e sustentada pelos impostos!
Resumindo, não havendo patrões, nem candidatos a tal, o dia
do trabalhador tende a ser o dia do funcionalismo público, a que haveremos de
juntar, infelizmente, os desempregados. Quase todos oriundos do sector privado,
como se sabe. Mas a culpa não é do sector privado, ou seja, a culpa não é dos
patrões. Culpar os patrões, neste caso, seria o mesmo que culpar o lince da
Malcata, espécie em vias de extinção, pela sua própria extinção. Desculpem lá,
mas isso não é possível.
Saudações monárquicas
sábado, abril 26, 2014
'Inconseguir' e outras maleitas
Que trágica doença terá acometido a pobre república, que
terrível mal-estar andará a corroer as entranhas da Pátria, para ouvirmos por estes
dias sibilinos discursos, frases incompreensíveis, tão abstractas e tão
difusas que o povo dificilmente entende!
Eça, não tenho dúvidas, saberia glosar o tema como ninguém!
Pessoa, com outra profundidade, reconheceria nele, fácilmente, a síndroma do
provincianismo português! Freud talvez conseguisse ajudar a infeliz criatura,
presidente da assembleia, e quem sabe, todo o hemiciclo, receitando a ambos, o
necessário e urgente repouso!
Pela minha parte fica apenas a preocupação ‘inconseguida’ pela
saúde dos nossos representantes, isto sem qualquer antipatia pessoal para com a
dita senhora, que terá os seus méritos, e terá um dia nome de rua (ou praceta)
na sua terra natal. Se é que já não tem!
Saudações monárquicas
quarta-feira, abril 23, 2014
O anti-país
Para definir o que é um país, no caso o que é (ou deveria ser) Portugal, o melhor é começarmos por dizer o que não é. Assim, local, terra, vila, cidade, que comemore guerras civis, triunfo de uns quantos portugueses sobre outros portugueses, não é, não pode ser um país! Não é que não se façam revoluções, que não existam lutas fratricidas, porque elas hão-de existir sempre, não, o problema está na comemoração! Um acto acintoso, para além de ser uma idiotice convocar os vencidos de ontem para festejar os vencedores de hoje!
É por isso que o 25 de Abril, sendo como é, uma vitória da esquerda internacionalista, sobre a direita nacionalista, nunca reunirá consenso, por mais que se esforcem as vizinhas, por mais votos democráticos que se contem, por mais negro que se trace o quadro antigo.
É também por isso que a propaganda já não cola, que o grafite já não pega, que a balada já chateia. E assim, cantando e rindo, desembocámos na geração mais despolitizada de sempre, que apenas sonha com emprego certo no funcionalismo público, com o rock in rio e com o futebol!
E por falar em futebol o país fica diminuído quando as vitórias do Benfica são celebradas em todas as cidades do anti-país como se não houvesse nessas cidades adeptos do emblema local! Como se não houvesse emblema local!
Uma campina rasa, um partido único, um clube único, tudo fardado à coreana, de bandeirinha na mão, eis o sonho ( socialista) que Abril realizou. Completamente dependentes, claro.
Saudações monárquicas
sexta-feira, abril 04, 2014
Hollande claro e simples!
Mais um revés eleitoral, mais uma remodelação ministerial. E
com toda a normalidade o presidente francês despachou a comunicação social com duas
ou três frases – ‘a remodelação foi muito clara e muito simples'. E pronto. Mais
tarde os jornalistas afectos falaram num governo curto, de combate!
Novidades?! A inclusão de uma ex-namorada de Hollande no elenco governativo. Para melhorar o ambiente, diz-se.
E se a memória não me falha, este pequeno presidente socialista
conseguiu num curto espaço de tempo abrigar sob o mesmo tecto três
amores da sua vida! É bonito! Senão vejamos: - a Ségolene, ex-candidata
presidencial; a jornalista que vivia com ele no Eliseu; e a actual primeira-dama,
uma actriz que gosta de pizzas!
Quem paga?! A França, laica, republicana e
socialista. Acho bem. Pois se eles gostam assim, quem sou eu para discordar!
Saudações monárquicas
domingo, março 30, 2014
Esclarecimento!
Dizia ontem o leader da oposição: " Atenção, nós não queremos que sejam os outros estados europeus a pagar aquilo que devemos. O que nós dizemos é que a dimensão da nossa dívida exige uma resposta global, europeia, porque não sendo assim, não a conseguiremos pagar". Se não foi isto que Seguro disse, andou lá perto. E eu, se fosse credor de um país onde a oposição faz uma afirmação destas, ficava por certo de pé trás.
Mas este discurso é no fundo igual ao que anima o já famoso grupo dos 'setenta signatários'! São aliás mais de setenta, são muitos, e estão agora muito aflitos com o futuro das suas 'abastadas vidas europeias'! Das suas, e dos amigos, obviamente. Eu já explico o que quer dizer 'abastadas' e 'europeias'.
Em primeiro lugar, abastadas, porque correspondem a um nível de vida que não tem, nem nunca teve nada a ver com aquilo que produzimos, com aquilo que podemos distribuir. Entrámos alegremente para um clube de países ricos, sem dinheiro sequer para pagar as quotas, e (secretamente) baseámos a nossa política naquele slogan que os comunistas escreveram nas paredes: - 'os ricos que paguem a crise'. Foi assim, mas eles cansaram-se de pagar.
E agora o europeísmo, ideário de afrancesados sempre prontos a abrirem as portas da cidade a um qualquer Napoleão! Hoje a coisa é mais prosaica: - a quem esteja disposto a pagar a conta. E assim, com este estado de espírito, vá de esperar tudo de uma Europa mítica, solidária, igualitária, libertária. Laica, republicana e socialista, de preferência.
Ora bem, este europeísmo, falso como Judas, é subscrito hoje, é discurso eleitoral, e se calhar ganha votos, num país que tem mais de quinhentos anos de história atlântica e ultramarina. Ridículo, se não fosse trágico.
Saudações monárquicas
sexta-feira, março 21, 2014
Kiev, berço da Rússia
Fronteira cristã, que deu Santos e Czares à Rússia, mil vezes
devastada por turcos e tártaros, alvo de cobiça do ocidente, é hoje uma terra
onde ninguém se entende!
A ignorância e a estupidez podem, por uns tempos, baralhar
as consciências, mas não podem enganar a história. Nem as almas se deixam
enganar por ideologias. Tão pouco por euros, ou dólares. Mais tarde ou mais cedo
a situação voltará ao princípio. E o princípio, aquele que ainda é relevante,
essencial, é o choque entre civilizações. Religiões diferentes, diferente perspectiva
sobre o homem. O resto é política curta e baixa.
Mas haja esperança! Porque uma cidade onde persiste a
estátua de um Dolgoruky, Volodar (Príncipe) da Ucrânia, e uma universidade com
o nome de São Vladimir, tem que saber qual é o seu destino.
Saudações monárquicas
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